Juventude em pauta
Em nossa cultura, em nosso tempo, a juventude sempre esteve associada a rebeldia, contestação, ao modo diferente de ver, sentir, viver a vida. Mas isso não implicava a recusa de crescer, ao contrário, os adolescentes ansiavam pela liberdade em buscar seus próprios caminhos.
Hoje não é bem assim, os jovens parecem mais acomodados e o sintoma é a demora em deixar o conforto da casa dos pais; é neste contexto que surge o "Projeto do Estatuto da Juventude" (Projeto de Lei 4529/04), que logo chamou a atenção por dois aspectos:
1º Estende oficialmente a juventude até os 29 anos de idade;
2º Quer garantir aos jovens direitos especiais e aos estudantes meia entrada nos eventos culturais, esportivos e de lazer em todo o país.
Artistas, produtores e empresários da cultura, são chamados para pagar a conta. Não apenas eles, pelo estatuto aprovado na Câmera, até passagens interestaduais para estudantes, terão progressivamente vantagens e descontos, podendo chegar a gratuidade.
Depois dos Estatutos da Criança, do Adolescente, do idoso, é mesmo necessária uma lei sobre o direito dos jovens? Alongar o conceito de juventude terá alguma consequência prática?
"Envelheçam", costumava dizer o escritor Nelson Rodriguês aos jovens. Que conselho daria a eles? Consultado certa vez: "Que deixem de ser infantis".
Nelson Rodriguês foi citado propositalmente, porque de certa forma o pensamento dele representa o momento, o marco de separação em que o jovem era pouco valorizado, na primeira metade do século XX e a na segunda quando foram considerados os donos do pedaço. E hoje em dia, existe uma certa análise e preocupação de que as pessoas abusam do direito de serem jovens e da recusa de serem independentes dos pais.
Como é sempre difícil dar veredictos para o seu próprio tempo, muitas vezes se faz necessário se lembrar do mesmo jovem no passado. Será que não estamos impedindo este jovem de amadurecer e cumprir o seu desenvolvimento no tempo certo? Será que devemos dar especial deferência a idade como fator que define o conceito de juventude?
Na Dinamarca o conceito de juventude chega aos 34 anos e as Nações Unidas a define dos 15 aos 24 anos, o que me parece bastante convincente, coincidindo com o período estudantil ou como os mais antigos chamavam de "Adolescência Terminal", um período de moratória para se tornar um jovem adulto.
Outro item citado, o pagamento de meia entrada é algo que não existe em nenhum lugar do mundo, o que difere das promoções, nada estipuladas em lei e de natureza espontânea. Aliás, este item da meia-entrada passa por cima do PL 1604/2007 que já está tramitando no Congresso, que regulariza nacionalmente o direito ao acesso à meia-entrada.
Acessando o link acima, poderão ver a declaração do deputado João Campos - PSDB/GO, autor do Projeto Lei 1604/2007, registrada no dia 05.10.2011: PLENÁRIO (PLEN) Declarado prejudicado, em face da aprovação da Subemenda Substitutiva Global de Plenário (PL 4529/2004).
O Estado paternaliza ou foge de suas responsabilidade, fazendo terceiros pagarem a conta? Ou a culpa dessa manutenção infantilóide da adolescência está nos próprios pais que não assumindo o amadurecimento dos filhos, negam o próprio amadurecimento? Afinal, ser jovem passou a ser um "valor", um ideal a ser alcançado e os mais velhos sentem a necessidade de serem "jovens" por mais tempo, mimetizando a própria juventude. Não estarão as leis pervertendo o espírito do tempo? A maturidade passou a ser algo ameaçador?
Em tempo: Aproveitando da má vontade da deputada Manuela D’ávila (PCdoB/RS), relatora do PL, por não ter consultado as categorias e setores culturais para saber se a inclusão da meia-entrada seria mesmo necessária no "Estatuto da Juventude", sugiro que seja incluído no projeto o pagamento de meio-livro, meia-escola, meio-médico... Dando intervenção geral de direitos em todos os setores.
Como será na Copa? A FIFA já adiantou que não aceitará meia-entrada. O Congresso de pronto aprovará uma lei e uma exceção? Como será estipulada a meia-entrada para shows internacionais? Qual a lógica perversa deste assunto?
Hoje não é bem assim, os jovens parecem mais acomodados e o sintoma é a demora em deixar o conforto da casa dos pais; é neste contexto que surge o "Projeto do Estatuto da Juventude" (Projeto de Lei 4529/04), que logo chamou a atenção por dois aspectos:
1º Estende oficialmente a juventude até os 29 anos de idade;
2º Quer garantir aos jovens direitos especiais e aos estudantes meia entrada nos eventos culturais, esportivos e de lazer em todo o país.
Artistas, produtores e empresários da cultura, são chamados para pagar a conta. Não apenas eles, pelo estatuto aprovado na Câmera, até passagens interestaduais para estudantes, terão progressivamente vantagens e descontos, podendo chegar a gratuidade.
Depois dos Estatutos da Criança, do Adolescente, do idoso, é mesmo necessária uma lei sobre o direito dos jovens? Alongar o conceito de juventude terá alguma consequência prática?
"Envelheçam", costumava dizer o escritor Nelson Rodriguês aos jovens. Que conselho daria a eles? Consultado certa vez: "Que deixem de ser infantis".
Nelson Rodriguês foi citado propositalmente, porque de certa forma o pensamento dele representa o momento, o marco de separação em que o jovem era pouco valorizado, na primeira metade do século XX e a na segunda quando foram considerados os donos do pedaço. E hoje em dia, existe uma certa análise e preocupação de que as pessoas abusam do direito de serem jovens e da recusa de serem independentes dos pais.
Como é sempre difícil dar veredictos para o seu próprio tempo, muitas vezes se faz necessário se lembrar do mesmo jovem no passado. Será que não estamos impedindo este jovem de amadurecer e cumprir o seu desenvolvimento no tempo certo? Será que devemos dar especial deferência a idade como fator que define o conceito de juventude?
Na Dinamarca o conceito de juventude chega aos 34 anos e as Nações Unidas a define dos 15 aos 24 anos, o que me parece bastante convincente, coincidindo com o período estudantil ou como os mais antigos chamavam de "Adolescência Terminal", um período de moratória para se tornar um jovem adulto.
Outro item citado, o pagamento de meia entrada é algo que não existe em nenhum lugar do mundo, o que difere das promoções, nada estipuladas em lei e de natureza espontânea. Aliás, este item da meia-entrada passa por cima do PL 1604/2007 que já está tramitando no Congresso, que regulariza nacionalmente o direito ao acesso à meia-entrada.
Acessando o link acima, poderão ver a declaração do deputado João Campos - PSDB/GO, autor do Projeto Lei 1604/2007, registrada no dia 05.10.2011: PLENÁRIO (PLEN) Declarado prejudicado, em face da aprovação da Subemenda Substitutiva Global de Plenário (PL 4529/2004).
O Estado paternaliza ou foge de suas responsabilidade, fazendo terceiros pagarem a conta? Ou a culpa dessa manutenção infantilóide da adolescência está nos próprios pais que não assumindo o amadurecimento dos filhos, negam o próprio amadurecimento? Afinal, ser jovem passou a ser um "valor", um ideal a ser alcançado e os mais velhos sentem a necessidade de serem "jovens" por mais tempo, mimetizando a própria juventude. Não estarão as leis pervertendo o espírito do tempo? A maturidade passou a ser algo ameaçador?
Em tempo: Aproveitando da má vontade da deputada Manuela D’ávila (PCdoB/RS), relatora do PL, por não ter consultado as categorias e setores culturais para saber se a inclusão da meia-entrada seria mesmo necessária no "Estatuto da Juventude", sugiro que seja incluído no projeto o pagamento de meio-livro, meia-escola, meio-médico... Dando intervenção geral de direitos em todos os setores.
Como será na Copa? A FIFA já adiantou que não aceitará meia-entrada. O Congresso de pronto aprovará uma lei e uma exceção? Como será estipulada a meia-entrada para shows internacionais? Qual a lógica perversa deste assunto?
Luma querida,
ResponderExcluirO congresso é ótimo para fazer caridade com o trabalho e dinheiro dos outros. Não sabia dessa novidade de prolongar a juventude... Também quero, como você, pagar meia consulta, meio imposto de renda, e meio salário de congressistas que perdem tempo em fazer lei para incentivar quase meia vida de irresponsabilidade, quando deviam estar procurando soluções de base para educação com maior qualidade que preparasse os jovens para um mercado de trabalho cada dia mais exigente.
Girassóis nos seus dias. Beijos
Aqui no Brasil as coisa não tem lógica mesmo...Pena! beijos,chica
ResponderExcluirJá tenho 25 e ando louco pra sair de casa. Quem sabe no ano que vem. Essa história da meia entrada na Copa do Mundo vai dar o que falar. Nela até acho justo, desde que atinja os bolsos da Fifa, que já está fazendo a festa por aqui. No mais acho difícil mesmo. Governo investe pouco em cultura e agora ainda obrigarão quem vive de cultura a dividir esta responsabilidade. É tenso, é Brasil.
ResponderExcluirDá pra pagar meio imposto de renda? Eu não usufruo mesmo de nenhum benefício. Sensação de que trabalho pra ficar sustentando parasitas. Revoltante.
ResponderExcluirNão concordo com esse prolongamento, pra mim é desculpa pra não assumir responsabilidades.
Beijos.
Luminha amada,
ResponderExcluirA verdade é que no Brasil as coisas só funcionam em prol da roubalheira e dos corruptos. É um nojo. Sorry.
Beijos perfumados pra você, Sempre atenta nas informações.
Luma,nem os congressistas se entendem!...rss...seu texto é pra gente conversar a tarde inteira!Muito reflexivo e realmente a juventude tem se estendido cada vez mais e não apenas no Brasil!Se houvessem programas sérios de incentivo ao primeiro emprego,talvez as coisas fossem diferentes,mas parece que a cada dia é mais dificil para um jovem arrumar emprego!Adorei seu texto e dá conversa,viu?...rss...bjs,
ResponderExcluirLuma, esta é uma discussão p/ mais de metro... Acredito que nos brasileiros tenhamos mais urgência em outros direitos básicos que ficam a desejar neste país tropical.
ResponderExcluirAcho que vc é uma artista camuflada, que idéia legal p/ as cabaças! Realmente, desejei comprar, porém me desencontrei do artesão... Mas vou entrar em contato com ele com certeza!
Uma ótima tarde p/ vc!
"Come chocolates, pequena;
ResponderExcluirCome chocolates!
(...)
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!"
Essa verdade eu também não tenho. Ando comendo quilos sem pisar no terreno da reflexão sobre o prazer. Ansiedade pura, retardando afazeres para consumir o que é doce, já que de doçura minha próxima tarefa não tem nada. Nossa, qto pessimismo! Vou me policiar =)
Rodrigo Leão, conheço. Uma ex colega de trabalho indicou como presente para levar ao Brasil. Mas no Brasil, a turma quer é fado mesmo. Então, acho que vou levar um da Ana Moura. Ela andou dando shows no Rio e em Sampa. Amália já levaram daqui.
A moratória social da adolescência tardia ou da juventude é um tema novo pra mim. A Camille foi quem usou o termo qdo li a primeira vez. Há regras que se criadas sob outras regras atrapalham. Não vejo como existir um consenso sobre um faixa etária determinante da juventude. Ainda mais agora, que anda todo mundo alienado, divagando em busca da beleza de uma juventude eterna. Cada família tem de criar as próprias regras, cada um sabe o jovem, se é que é jovem, dentro de casa. Se um único jeito de educar dos pais não é efetivamente eficaz para dois filhos, imagine se haverá um só conceito capaz de identificar o adolescente de 28 anos dentro de cada família!
Bjs e boa semana também, Luma Roooooosa! (Outubro Rosa só me lembra vc, foi aqui que li a primeira vez sobre o assunto)
Michelle
Podia ter meia conta e meio salário pros parlamentares não acha?
ResponderExcluirBig Beijos
Oi Luma,
ResponderExcluirQue maluquice este projeto de lei!!! Estender a juventude e uma suposta dependência até os 29 anos de idade é de lascar! Qdo eu tinha 29 anos, minha filha tinha 7 anos, e sem poder contar com o "eternamente jovem" pai dela (continua dependendo dos pais dele até hj)eu trabalhava e a sustentava sozinha ... com muito orgulho!
Beijos 1000 e uma noite maravilhosa para vc.
www.gosto-disto.com
Parece piada...
ResponderExcluirMas é de chorar.
Como sempre a preocupação é fazer leis, estatutos, cada um defendendo seus interesses.
Adorei a idéia do meio-livro, meio-médico, meia-escola! Rs
Imagino seu sufoco com o seu filho!
A varicela pode trazer muitos perigos...
Beijos!
Nossa, li esse seu post sem crer, não sei se estou muito alienada, mas não sabia desse PL - aumentar a faixa etária dos jovens pra 29 é absurdo! hoje já temos tantos jovens que não querem assumir responsabilidades, com essa proposta paternalista do estado, isso fica ainda bem mais fácil.
ResponderExcluirProteger nossos jovens, não é aumentando faixa etária ou criando Estatutos - algumas modificações no nosso código penal e um pouco mais de incentivo nas áreas educacionais, culturais e de saúde já fariam uma grande diferença.
Oi Luma,
ResponderExcluirEm primeiro lugar juventude é antes de tudo um estado de espírito.
Quanto ao benefício da meia-entrada aos estudantes, acho razoável, desde que seja limitada a idade estudantil ( para o direito de família o limite é 24 anos ).
Já que existe o Estatuto da criança e do adolescente, o Estatuto do idoso, e agora , o PL do Estatuto da juventude , porque também não criar o Estatuto da Maturidade ? rsrsrs ...
Bjs
Oi Luma
ResponderExcluirQuem nao tem o que fazer,inventa.
Eles se enfatiotam todos(existe essa palavra? rs) ,porque é isso que acontece se "enfatiotam"( como se fosse trabalhar) rs e enquanto tomam cafezinho inventam leis pra mostrar algum serviço e quando vai a plenário os colegas votam sem entender mesmo, so pra bater bem o ponto.
Uma insensatez essa lei de aumentar a idade do suporte dos pais aos filhos, até porque já se sabe que a familia ampara quer tenha lei ou nao.
Muito bom seu texto, como sempre trás sempre uma discussão oportuna e necessária.
Obrigada Luma
as vezes penso que meu espaço só trata de amenidades, poemas , fotos e nao tem alcance algum, é que prefiro mesmo ficar um pouco longe de toda a indignação que me toma por inteiro vivendo num País corrupto onde os governantes só roubam e deixam roubar e ainda fabrica leis ineficazes , de preferencia onde mexa com o dinheiro alheio.
me cansa demais, porisso leio poesias rsrs
parabéns Luma
um abraço
Pois é Luma.Enquanto se preocupam com uma Lei para a liberação de meia entrada para os jovens, a devida atenção não é dada ao projeto de Lei 7414/2010, para o qual entreguei em Brasilia, em agosto de 2011, sugestão de emenda, indicando os necessários dispositivos de segurança que devem ser instalados nas piscinas do Brasil para evitar que a sucção dos ralos continuem matando pessoas. E desde 2007, outros projetos para segurança nas piscinas foram apresentados. Mas não vejo tanta preocupação para aprovar uma lei federal para segurança nas piscinas, cuja sucção dos ralos mata pelo menos uma pessoa por ano no Brasil. E enquanto pessoas morrem em acidentes causados pela sucção dos ralos das piscinas, as atenções se voltam para a aprovação da meia entrada para os jovens que tratados como se crianças fossem, terão a "outra metade da meia entrada" paga por "artistas, produtores e empresários de cultura". É um desrespeito ao trabalho dessas pessoas. É uma inversão de valores quando dão atenção a essa Lei e não àquela que vai salvar vidas.
ResponderExcluirPOxa, confesso que não sabia dessa lei que que estende a juventude até os 29 anos...
ResponderExcluirNão sei mas acho que talvez não mude em nada, pelo menos pra algumas pessoas. Pois existem muitos que passam dessa idade e ainda continuam na casa dos pais. O que pode acontecer é incentivar outros a fazerem isso rs
Mas vejo pela minha família, existem ambos os casos. Minha irmã não vê a hora de completar 18 anos pra ser independente. Ela diz que vai morar sozinha depois disso... Agora tem outras pessoas que estão nessa faixa de idade e ainda continuam com os pais.
Eu acredito que a questão financeira interfira muito nisso. É preciso ter condições de se sustentar sozinha (o) e aceitar todas as responsabilidades que vêm junto.
E a Copa já vai ser uma bagunça total, esse tema será apenas mais um no meio de tantos. Vamos esperar pra ver.
Beijo Luma!
Seria bem melhor se pensassem e agissem diferente. Bj
ResponderExcluirLuma, você sabe que eu trabalho na área cultural, em promoção de eventos e no Brasil, a meia-entrada abrange 80% da população. Dito isto, o bilhete é caro, porque calculamos a metade do preço, como se fosse a entrada inteira. No caso da lei, os maiores perdedores são aqueles que pagam a entrada inteira. FIFA não concorda porque o ingresso ficaria muito caro e o cálculo não é feito em real.
ResponderExcluirDinamarca pode adotar o conceito de juventude porque o país tem alto nível de cidadania e responsabilidade, o que não acontece no Brasil.
Abraços,
Luma
ResponderExcluirLi todos os comentários... o que eu mais gostei foi de pagar meio imposto de renda... eu pago 27,5% eu queria pagar 0,5%! kkkkkk
Fui rotaractiana (juventude do Rotary Club) e para permanecer no clube tinha que ter no máximo 29 anos.
Eu sai quando estava com 24... e já sai tarde...
A maturidade veio cedo, mas custei a sair da casa da minha mãe (ela estava divorciada e tinha pavor de ficar só).
Mas acho que os jovens deve correr atrás da sua autosuficiência e uma vez obtendo-a não há razão para ficar pagando meia entrada em lugar nenhum.
Os idosos quando aposentam tem seus ganhos reduzidos pela metade e a capacidade de trabalho já não é a mesma. As crianças pagarem meia tudo bem, mas os jovens, ADULTOS, MARMANJOS... TENHA PACIÊNCIA eu que pago 27,5% de imposto de renda vou continuar pagando a conta dessa palhaçada.
Saí do Brasil com 13 anos para estudar e trabalhar e estar fora do Brasil me ajudou a enxergar os erros do meu país. As crianças no Brasil são tratadas como debilóides e poucas são as que realizam funções básicas sozinhas. Vejo os adolescentes no hemisfério norte trabalhando nas férias e fazendo trabalho voluntário.
ResponderExcluirSe os pais querem a felicidade dos filhos, deve incentivar a independência. E se morrerem?
Paga meia entrada quem vive de "mesada" e viver de "mesada" com 29 anos é o fim da picada!
Besitos,
Olá
ResponderExcluirAjudem a divulgar os meus Vídeos
Acesse:
http://www.youtube.com/watch?v=HBojea9SkAA
Hipnose ao Extremo
Hipnose ao Extremo é o mais audacioso programa de hipnose de rua já produzido no mundo, apresentado pelo polêmico, impossível e imprevisível Mr. Mind, especialista em hipnose.
http://mrmindhipnologo.blogspot.com
Meu Deux!! Hipnose coletiva, seria a cura?
ResponderExcluirTudo que eu sei é de que eu não tenho direito a nada...
ResponderExcluirE pior, com algumas leis idiotas, ouvir de crianças banalidades.
Bjs
Luma,
ResponderExcluirNo Brasil há leis em demasia e poucos juízes para a quantidade de processos .
Nos países onde o contrário ocorre, poucas leis e juízes em número suficiente,proporcionalmente à população, a realidade é outra.
Estatuto da Juventude? Meia-entrada até os 29 anos? Parece até piada , não?
No comentário anterior falei em estatudo da maturidade, de forma irônica ( não sei se me fiz entender) .
Bjs
Querida Luma, plenamente de acordo com o seu lúcido e inteligente texto. Vinte e quatro anos, para mim é uma idade perfeita para o "fim" da juventude. Agradecendo sempre os seus gentis comentários.
ResponderExcluirforte abraço
C@urosa
kkkkkkkkkkkkk! Essa da hipnose coletiva, hein Luma?! Vc não perde a piada...
ResponderExcluirSe for a cura, compartilhe "s.f.f." (como dizem aqui em Lisboa - "se faz favor")!
Ainda fico com a responsabilidade por parte dos pais. Principalmente as mães, que por trabalharem fora e tentando amenizar o sentimento de culpa que reina em suas mentes, não dão ao filho limites nem responsabilidades. Encobrem tudo, perdoam tudo, não cobram nada e ainda oferecem gordas mesadas e presentes, achando que com isso amenizarão a situação. Agora, é só olhar para o resultado disso tudo, que está aí.
ResponderExcluirBijos, Lu! adorei o tema.
Liz
ps. Fico me policiando para não escrever uma carta, risos
Oi Luma,
ResponderExcluirNão sei se rir ou chorar com as tantas brutas surpresas inventadas pelos políticos,seja aí ou aqui também,mas com a informação a gente passa ao menos a pensar que da próxima vez não vai errar na hora da escolha.Educar filhos não é fácil,e ninguém disse que teria que ser,mas não é desse modo que a situação pode melhorar.
Grande abraço,
Vejo sempre a juventude como solução, e não como problema. Qual a idade do autor da proposta?
ResponderExcluirSmile
Na Itália é comum viver com os pais mesmo depois de adulto (muito depois dos 29 anos) e acho complicado julgar: tem muita componente social, de costumes e de falta de oportunidades, mas sempre acreditei ser dono do meu próprio destino. Trabalho desde so 13 anos e sempre fui responsável pela minha cervejinha. Não saberia viver de outra maneira, mas sou consciente de que a competição da vida moderna intimida os jovens muito antes do momento de sair de casa.
Que idade tem mesmo o autor da lei?
Beijocas
Allan, o projeto tramitava há sete anos na Câmara e foram presididas pelo deputado Tucano Lobbe Neto e relatas pelo deputado Reginaldo Lopes. A Manuela ressuscitou o projeto e está agora como relatora.
ResponderExcluirNão acho que a idade dela seja a motivação, justo porque ela é mais velha do que eu. Penso diferente! Acho que o Estado não deve tirar tanto da cultura, se não contribui para estabelecê-la. Meia entrada é exemplo de tipica política de pais de terceiro mundo, onde se cria essas ramificações para esconder os problemas, ao invés de termos melhores salários, criamos meia entrada, bolsa familia e por ai vai.
Não quis me estender muito na postagem porque queria que as pessoas refletissem e pensassem no que é melhor para os jovens de seu convívio e o que desejam para a nossa sociedade. Vou aproveitar o sistema de comentários para expor com mais propriedade o que penso sobre o assunto.
O Brasileiro precisa ser educadlo para ser cidadão. Os pais e o Estado são omissos nessa questão. Tudo por aqui é cheio de direitos, mas nunca as pessoas se lembram de seus deveres. E assim vemos cada vez mais um povo de bico calado, esperando esmola do governo.
As intenções do projeto podem ser louváveis, o problema é a forma com que são implantadas as boas idéias. A CPMF, por exemplo tinha uma ótima intenção, mas o dinheiro não foi para onde prometeram e até já brinquei que a CPMF devia ser atrelada à gestão do Adib Jatene, quando efetivamente, funcionou. Hoje a saúde está numa nuvem de algodão sujo.
A meia entrada nos eventos culturais, ao meu ver, ainda favorece os ricos e os estudantes ricos, que ganharão estes descontos pois é raro ver um estudante carente encarar um evento de 200 reais, ou mesmo no caso de 100 reais. A cultura de massas inflacionou muito e está cada vez mais difícil frequentar eventos culturais no Brasil, mesmo que me apresentem programações gratuitas e engajadas, está inflacionado e tem gente ganhando muito. O preço do ingresso para o show do Roger Waters em Março de 2012, está contado, o mais barato a 900 reais. Quem vai?
O Rock in Rio, um evento recente em que poucos jovens pobres seriam beneficiados com subsídios, pois os ricos comprariam tudo pela Internet em 25 minutos e os cambistas, começariam a especular e os valores seriam impublicáveis.
A sociedade ganharia mais, com eventos gratuitos patrocinados pelas Prefeituras em parques distribuídos pela cidade, integrando a comunidade, as famílias e os subsídios deveriam ser utilizados viabilizando escolas a proporcionarem esporte e lazer aos seus alunos com seleções públicas de talentos nas comunidades e com as crianças aprendendo a serem vistas onde vivem, admiradas pelos seus iguais. As gincanas, olímpíadas estudantis, concursos de bandas marciais, de corais, isso ensina disciplina, noção de grupo, de fazer parte de algo e depois vem as conquistas, exemplos de perseverança. Mas como vivemos numa sociedade imediatista e consumista, precisamos ensinar a perseverar, a fazer o caminho antes de colher.
Subsídio, essa é uma palavra que me dá medo e deveria ser dado para o empresário como incentivo legal do governo às produções culturais, mas quem vai fiscalizar? Infelizmente vejo um país despreparado e sem maturidade necessária para fazer este estatuto funcionar.
Cansaço. É isso que sinto.
ResponderExcluirEnfim, esse papo de idade sempre me cansa mesmo e me cansa mais ainda ver mulheres de vinte e poucos anos se comportando como se tivessem dezesseis e isso está cada vez mais comum por aqui. Dá vontade de sair correndo.
Enfim, não acho que a solução seja essa, mas o mundo não está atrás de soluções.
Eu não concordo com meia entrada nem para jovens, velhos, cachorros, gatos, periquitos. Acho que a resposta está numa palavra antiga e que no Brasil é puro abuso "impostos"... Já vi quanto se cobra de imposto de um simples evento cultural? E mais, pq se cobra INSS de eventos sendo que artistas não tem direito a um centavo de INSS.
Enfim, são perguntas fáceis de serem respondidas. Eu já ouvi dúzias de respostas, mas elas não me convenceram... hehehehehe Pra variar.
bacio
Luma:
ResponderExcluirConcordo som suas palavras no post e no comentário.
Para pensar e repensar.
Anny.
Eu sinto-me jovem na cabeça mas o meu corpo caminha para os 60 anos...Quer dizer que em breve serei sénior...
ResponderExcluirSerá que também podem estender isso para mais tarde ?
Beijinhos
Verdinha
Luma,
ResponderExcluirLembro do meu tempo de estudante ( me formei com 21 anos de idade ) e a meia-entrada em teatros, cinemas, etc. era muito útil ( sempre gostei de atividades culturais, meu lazer sempre foi nesse aspecto), pois minha família era numerosa e de classe média.
Portanto defendo a meia-entrada para estudantes ( restringindo a idade estudantil a 24 anos) pela minha própria experiência de vida. Se isso é paternalismo próprio de país do terceiro mundo , é outra história .
Super abç
Tânia, se você conversar com qualquer produtor cultural, saberá que eles, por conta dos gastos excessivos, incluindo o "imposto" que a Lunna citou, ao calcular a entrada, eles levam em consideração a meia-entrada como se fosse a inteira. Deste modo eles burlam as leis estaduais que tratam deste assunto e conforme a l♥ve comentou 80% dos que frequentam os eventos, pagam meia, então! Os maiores prejudicados são aqueles que pagam inteira e que corresponde a apenas 20% da população. Sou a favor de um preço único e condizente aos bolsos do brasileiro e para tanto os eventos culturais bem poderiam pagam meio-imposto, não?
ResponderExcluirOi Luma !
ResponderExcluirPenso que é uma questão cultural e o nosso país a "concessão de descontos" ainda não é efetivamente praticada como em tantos outros países nas mais diversas modalidades.
Uma única ressalva: aqui existe a prioridade para gestantes e idosos em filas - inexistente Europa a fora - a não ser por gentileza de alguém.
Concordo com quem disse que juventude é um estado de espírito!
beijos querida e bom fim de semana!
So pode ser piada tratar uma pessoa de 29 em pleno vigor de trabalho e produtividade, feito criancinha. É para quebrar as perninhas isso. Tem filhos com essa idade ainda morando na casa dos pais, dependentes, sinal dos tempos.
ResponderExcluirAdorei a ideia do meio livro, meio medico, tudo nao passa de uma conversa fiada ne?
Beijao
Acredito que chegamos a idade adulta qdo. nos suprimos, qdo. somos capazes de gerenciar nossas vidas e interesses, e essa independencia está se tornando cada vez mais rara. Dizem que os pais dão aos filhos em excesso, mas também sabemos que na atualidade os filhos tem muitas dificuldades em trilhar o próprio caminho... Acredito que todo excesso é prejudicial, e até Freud diz que é melhor faltar - porque o adolescente pensa em criar estratégias para conseguir o que quer - do que sobrar.
ResponderExcluirEstou de volta... e com saudades.
BeiJuivoooooooooosssssssss
Está nos próprios pais, que também estão representados em Brasilia. É uma forma "semi estatizada" de paternalizar a vida inteira das novas gerações... assustador!
ResponderExcluirNa outro gume da faca, espero que existam (para a teoria) direitos e garantias que a constituição, em seus primeiros artigos, explica mas não desenha.
Luma,
ResponderExcluirÉ uma falácia dizer que deixar a casa dos pais é um sintoma de comodismo. Não nos podemos esquecer que a sociedade foi construída à base das famílias que viviam todas debaixo do mesmo tecto - hoje, só as famílias com maior poder de compra é que o fazem (até porque se torna impossível viver com uma família inteira em apartamentozinhos de 3 quartos). Claro, viver com a família não quer dizer viver à custa dela...viver em família é um óptimo exemplo de como viver em comunidade, onde todos contribuem para o bem-estar da mesma.
Em Itália é-se jovem até aos 36 anos, e é comum as pessoas viverem com os seus pais (e família) até essa idade ou até para além disso; e nem por isso o jovem Italiano é acomodado.
Em Portugal, era-se jovem até aos 35 anos, mas agora só se o é até aos 29 anos (adivinha que governo teve esta bela ideia?), e francamente não sei qual o propósito disto já que muitos na casa dos 30 estão a voltar para casa dos pais exactamente...
O desdenho pelo habitar com a família reflecte bem a perda de valores, e de rumo, que a nossa sociedade experiencia.
Óptima crítica política, Luma :D.
Beijos