A Duração do Dia
A poesia sobrevive em um tempo morno.
Proseando poesia
A poesia é a linguagem por excelência, é a síntese. Você fala num poema o que numa prosa pode levar páginas e páginas (...) O poeta expressa o que cada um sente mas não consegue articular. Se o poeta sofre? O sofrimento do poeta é negar-se a isso (...) A pessoa é tocada pela poesia onde a humanidade dela é confirmada. A poesia humaniza pela beleza (...) Jung teve a coragem de dizer que religiosidade é um instinto, uma vontade de descansar em algo maior, deitar no seguro. A poesia é religiosa neste aspecto, ela religa a um centro de significação e sentido, à transcendência (...) O poema verdadeiro é sempre novo. A experiência com a beleza é sempre nova. A arte faz isso e, se você dá um passo a mais, cai na mística
A poesia é maior que o poeta
A obra é maior que o artista
É melhor mesmo nem conhecê-lo, é sempre uma decepção
O meu cotidiano?
Eu tenho que falar isso? O meu cotidiano não interessa...”
Conversa gravada na Livraria Travessa por ocasião do lançamento do livro de poesia "A duração do dia" de Adélia Prado, publicado depois de quase 10 anos sem editar suas poesia "Se dependesse da gente, a gente escrevia poesia um dia sim e o outro também" - aquela voz poética que se emociona "toda a arte tende a chegar a vibração poética" e enfatiza o cotidiano, espiritualidade e as relações humanas. É lindo de se ouvir, de sentir, essa mulher falar: uma aula [escute]
Mulheres
Ainda me restam coisas
mais potentes que os hormônios.
Tenho um teclado e cito com elegância Os Maias, A Civilização Asteca.
Falo alto, às vezes, para testar a potência,
afastar as línguas de trapo me avisando a velhice: “Como estás bem!”
Aos trinta anos tinha vergonha de parecer jovenzinha,
idade hoje em que as mulheres ainda maravilhosas se processam
ácidas e perfeitas como legumes no vinagre
De qualquer modo se o mundo acabar a culpa é nossa.
A poesia é maior que o poeta
A obra é maior que o artista
É melhor mesmo nem conhecê-lo, é sempre uma decepção
O meu cotidiano?
Eu tenho que falar isso? O meu cotidiano não interessa...”
Conversa gravada na Livraria Travessa por ocasião do lançamento do livro de poesia "A duração do dia" de Adélia Prado, publicado depois de quase 10 anos sem editar suas poesia "Se dependesse da gente, a gente escrevia poesia um dia sim e o outro também" - aquela voz poética que se emociona "toda a arte tende a chegar a vibração poética" e enfatiza o cotidiano, espiritualidade e as relações humanas. É lindo de se ouvir, de sentir, essa mulher falar: uma aula [escute]
Mulheres
Ainda me restam coisas
mais potentes que os hormônios.
Tenho um teclado e cito com elegância Os Maias, A Civilização Asteca.
Falo alto, às vezes, para testar a potência,
afastar as línguas de trapo me avisando a velhice: “Como estás bem!”
Aos trinta anos tinha vergonha de parecer jovenzinha,
idade hoje em que as mulheres ainda maravilhosas se processam
ácidas e perfeitas como legumes no vinagre
De qualquer modo se o mundo acabar a culpa é nossa.
“Amor para mim é exatamente isto. Ser capaz de permitir que aquele que eu amo exista como tal, como ele mesmo. E isto supõe mortes em mim. Se eu permito que o outro se expresse tal qual ele é, isso é o mais pleno amor. Dar liberdade dele existir do meu lado como ele é. Este é o tal amor incondicional. Isto é muito difícil, porém a experiência é interessante demais – os erros e os acertos. Amor é muito interessante, é o embate. Pode sofrer de tudo menos de tédio porque não há como ter tédio. Amor é muito divertido, é muito complicado”.
Reencontrando Adélia
Por Affonso Romano de Sant'Anna
Adélia está ali na livraria "Travessa" do Leblon/Rio, num auditório apinhado de leitores atentos, respondendo perguntas durante o lançamento de "A duração do dia"(Record). Chegamos meio atrasados, Marina e eu, e ficamos em pé ouvindo. Linda essa Adélia, com esses cabelos brancos, aquele rosto maduro, falando sobre a alucinação que é escrever poesia.
De repente, ela quer citar aquele tradutor de Guimarães Rosa, o nome lhe escapa, eu sopro de onde estou: "Gunter Lorenz" . Ela nos reconhece, abre um sorriso familiar, acolhedor, e diz que recomendou que a uma repórter me perguntasse sobre aquela estória de como a ajudei na publicação de seu primeiro livro. Ela já está cansada de contar isto.
Realmente a repórter me havia telefonado minutos antes, e contei o que já virou folclore: não nos conhecíamos, mas Adélia me enviou seus poemas. Eu li aqueles textos, alguns manuscritos e fiquei maravilhado. Como quando a gente descobre uma pepita de ouro na bateia, ou uma nova estrela no firmamento, telefonei para Drummond e disse: -alvíssaras! surgiu uma poeta em Minas!
A gente sabe que isto não ocorre todo dia. Mineração poética é coisa árdua. E os astrônomos levam tempo para achar algo novo nos céus. E aquela era uma estrela, das grandes. Estava madura. Pronta. Tinha brilho ( ou redação própria).
Quis o destino (e a força de sua poesia) que nossos caminhos se cruzassem. Era eu crítico da "Veja" e resenhei seu primeiro livro ajudando a divulgá-lo além das montanhas. Na verdade, o lançamento do livro no Rio já tinha sido um acontecimento. Além do ex-presidente Juscelino aparecer na noite de autógrafos, também Rubem Braga a recebeu em sua cobertura. E Adélia ali, com sua simplicidade autêntica, imaginem! pedindo autógrafo das celebridades presentes. Ela que em Paraty, há pouco tempo, teve uma fila de 5 horas de leitores ansiando por seu autógrafo.
De outra feita, uma ex-aluna que trabalhava com Roberto Dávila instigou-o a entrevistar Adélia. Ele chamou-me para ajudá-lo. Ela falou aquelas simplicidades que extasiam todo mundo. Pois Fernanda Montenegro, que é mineira, se achou nas palavras dela e me telefonou pedindo para contatá-la. Surgiu então o espetáculo ""Dona Doida".
Aliás, essa estória engraçada: Ziraldo estava em Belo Horizonte no projeto "Encontro Marcado" e implorou a Arakén Távora:-Me leve a Divinópolis, tenho que conhecer Adélia. Ao que Arakén comentou: -Imagine, o Menino Maluquinho quer conhecer Dona Doida!
O que é que a poesia dessa mulher tem?
Leiam as dezenas de teses e não sei quantos ensaios sobre sua obra.
Mas tem algo mais. Agora ela está ali falando aos seus leitores. Diz que é necessário paciência e humildade para merecer um poema. Que um poema não é um artefato racional. Que a obra de arte é melhor que seus autores, pois fala de nossa densa humanidade. E o mistério continua.
Cássia Kiss e Ramon Mello lêem vários de seus poemas. E o mistério continua. Sua fala termina, nos abraçamos, tiramos retrato, forma-se a imensa fila, converso com José- o marido- singularíssima figura.
Vou para casa e leio os poemas, aumentando a duração do dia e da noite.
O artista é aquele que se dá o luxo de ouvir sua voz interior. Há ruídos demais no mundo e a poesia, quando autêntica, recupera nossos elos perdidos. Elos que nem sabíamos existir, mas que vão se compondo no fragmento das palavras até que de repente o sentido emerge.
E poesia é isto, revelação, epifania.
...
Mais uma vez a blogosfera se reuni para homenagear a poesia, desta vez ciceroneada por Tatoo, Glorinha L. de Lion e Lu Souza Brito.
Estou chegando atrasadinha para comemorar, mas não deixando de comemorar e como sempre saúda Adélia Prado:
"Deus te crie, poeta"
*Indicação de leitura: Adélia - a coisa mais fina do mundo - Texto de Maria Elisa (Meg) Guimaraes (sub Rosa)
De repente, ela quer citar aquele tradutor de Guimarães Rosa, o nome lhe escapa, eu sopro de onde estou: "Gunter Lorenz" . Ela nos reconhece, abre um sorriso familiar, acolhedor, e diz que recomendou que a uma repórter me perguntasse sobre aquela estória de como a ajudei na publicação de seu primeiro livro. Ela já está cansada de contar isto.
Realmente a repórter me havia telefonado minutos antes, e contei o que já virou folclore: não nos conhecíamos, mas Adélia me enviou seus poemas. Eu li aqueles textos, alguns manuscritos e fiquei maravilhado. Como quando a gente descobre uma pepita de ouro na bateia, ou uma nova estrela no firmamento, telefonei para Drummond e disse: -alvíssaras! surgiu uma poeta em Minas!
A gente sabe que isto não ocorre todo dia. Mineração poética é coisa árdua. E os astrônomos levam tempo para achar algo novo nos céus. E aquela era uma estrela, das grandes. Estava madura. Pronta. Tinha brilho ( ou redação própria).
Quis o destino (e a força de sua poesia) que nossos caminhos se cruzassem. Era eu crítico da "Veja" e resenhei seu primeiro livro ajudando a divulgá-lo além das montanhas. Na verdade, o lançamento do livro no Rio já tinha sido um acontecimento. Além do ex-presidente Juscelino aparecer na noite de autógrafos, também Rubem Braga a recebeu em sua cobertura. E Adélia ali, com sua simplicidade autêntica, imaginem! pedindo autógrafo das celebridades presentes. Ela que em Paraty, há pouco tempo, teve uma fila de 5 horas de leitores ansiando por seu autógrafo.
De outra feita, uma ex-aluna que trabalhava com Roberto Dávila instigou-o a entrevistar Adélia. Ele chamou-me para ajudá-lo. Ela falou aquelas simplicidades que extasiam todo mundo. Pois Fernanda Montenegro, que é mineira, se achou nas palavras dela e me telefonou pedindo para contatá-la. Surgiu então o espetáculo ""Dona Doida".
Aliás, essa estória engraçada: Ziraldo estava em Belo Horizonte no projeto "Encontro Marcado" e implorou a Arakén Távora:-Me leve a Divinópolis, tenho que conhecer Adélia. Ao que Arakén comentou: -Imagine, o Menino Maluquinho quer conhecer Dona Doida!
O que é que a poesia dessa mulher tem?
Leiam as dezenas de teses e não sei quantos ensaios sobre sua obra.
Mas tem algo mais. Agora ela está ali falando aos seus leitores. Diz que é necessário paciência e humildade para merecer um poema. Que um poema não é um artefato racional. Que a obra de arte é melhor que seus autores, pois fala de nossa densa humanidade. E o mistério continua.
Cássia Kiss e Ramon Mello lêem vários de seus poemas. E o mistério continua. Sua fala termina, nos abraçamos, tiramos retrato, forma-se a imensa fila, converso com José- o marido- singularíssima figura.
Vou para casa e leio os poemas, aumentando a duração do dia e da noite.
O artista é aquele que se dá o luxo de ouvir sua voz interior. Há ruídos demais no mundo e a poesia, quando autêntica, recupera nossos elos perdidos. Elos que nem sabíamos existir, mas que vão se compondo no fragmento das palavras até que de repente o sentido emerge.
E poesia é isto, revelação, epifania.
...
Mais uma vez a blogosfera se reuni para homenagear a poesia, desta vez ciceroneada por Tatoo, Glorinha L. de Lion e Lu Souza Brito.
Estou chegando atrasadinha para comemorar, mas não deixando de comemorar e como sempre saúda Adélia Prado:
"Deus te crie, poeta"
*Indicação de leitura: Adélia - a coisa mais fina do mundo - Texto de Maria Elisa (Meg) Guimaraes (sub Rosa)
Adorei tua participação. Ler , ver e ouvir Adélia é um presente!
ResponderExcluirLinda homenagem ao dia!beijos,tudo de bom,linda semana,chica
Luma, que bom que veio!
ResponderExcluirE chegou cheia de encanto, como diz minha vó, rsrsr, trazendo um pouco sobre Adélia Prado. Quero conhecê-la um pouco mais.
Obrigada por sua participação.
Acho que todos nós gostaríamos de ter esta sabedoria na arte de amar, mas por vezes somos egoistas e ai dele (a), o companheiro (a) se se atrever a nao ser como gostariamos que ele fosse, rsrsr.
Busco esse equilibrio, essa sabedoria constantemente, mas não é tarefa fácil, não mesmo.
Um beijão
Oi querida
ResponderExcluirNao conhecia Adélia Prado, gostei muito do seu trabalho.
Te deixo esse link que fala um pouquinho sobre a proteína de soja e tem uma foto ilustrativa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna_texturizada_de_soja
Demorei muito a acostumar com o sabor e hoje aprendi a gostar!
Bjim
Léia
Olá, Luma querida
ResponderExcluirQue contribuição extraordinária!!!Vou demarcar algumas frases do seu post que a mim me chamaram muitíssima atenção (me tocou deveras o coração):
."É NECESSÁRIO PACIÊNCIA E HUMILDADE PARA MERECER UM POEMA"...
.O artista ouve a voz interior...
.a poesia recupera elos perdidos...
Meu Deus, quanta profundidade reunida!!!
Tenha dias de muita inspiração e permaneça nos toques poéticos que a data nos sugere...
Bjs de paz
Um post de excelência!
ResponderExcluirBeijos
Querida Lumita, pode-se dizer que fechou a blogagem com chave de ouro: Adélia Prado e a difícil arte de amar sem reservas. Respeitar o outro, tarefa mais difícil essa! Te confesso que ainda aprendo todos os dias, e, talvez nunca venha a ser mestra no assunto...Que os poetas me abençoem e me criem! Amém. beijos flor,
ResponderExcluirnossa...lindas palavras da Adélia..sortudos os que ali estiveram (na Travessa) ou em algum outro momento puderam ouvir a poesia q ela exala.
ResponderExcluirUma ótima semana para você!!!
/(,")\\
./_\\. Beijossssssssss
_| |_................
Nada mais poético e belo do que as poesias de Adélia Prado aqui nesse espaço que é Luz...
ResponderExcluirBeijos linda
Oi Luma!!!!
ResponderExcluirHoje passei aqui, li seu post mas não comentei nada por estar com um pouquinho de pressa, mas depois da sua visita voltei...rsss
Eu cresci ouvindo poemas de Cecília Meireles, quando meu pai me deu um livro de poemas dela acho que aos 12 anos, o meu favorito era A JANELA... por isso voltei aqui pra te contar, pela minha janela da vida já vi e conheci muita gente e coisas... não te conheço pessoalmente mas você assim mesmo já passou pela minha janela e tenho uma afinidade com você...rss e isso é muito bom!!!
Boa noite
Daniela
Vim aqui te desejar um feliz dia da poesia e te convidar para conhecer o autor Mário Goulart. Além de aproveitar para participar do sorteio do seu livro! Te espero no Mix, segue o link da entrevista/sorteio: http://www.mixculturainformacaoearte.com/2011/03/mario-goulart-autor-do-livro-tio-heroi.html
ResponderExcluirAbs,
Beta
Oi Luma, vc abrilhantou mais nosso dia com Adélia Prado, essa estrela poética.
ResponderExcluirVim retribuir a visita no Escritos e te dizer que o poeta é sofredor porque as palavras não lhe dão descanso. Mas é um sofrimento mais que prazeroso e fazer poesia: LIBERTA!
meu afeto pra ti, querida!
Perfeito Luma.
ResponderExcluirChegou atrasada? Ainda bem. Agradeço por isso.
Falar de Adélia Prado é mais que valorizar a poesia, e não há melhor do que trouxestes aqui, querida.
Parabéns! Você arrasa sempre.
Bjs no coração!
Nilce
Querida Luma!
ResponderExcluirTrazer Adélia Prado neste dia da poesia é uma tacada certeira, brilhante mesmo!
E as palavras finais de A.Romano de Sant"Anna, que também admiro muito, me deixaram com um sorriso nos lábios:
"Há ruídos demais no mundo e a poesia, quando autêntica, recupera nossos elos perdidos."
Amei seu post!
bjs cariocas
"Aí que bom que tem isso!" - A. Prado
ResponderExcluir"Aí que bom que tem Luma!" - Bia.
Quase meia noite tomando mingau de aveia e me deliciando com a sabedoria e a voz doce da Adélia Prado.
Gostei muito da visão dela de relação religiosa/mística com a poesia, o fazer sentindo, o olhar da beleza, o encantamento...
Ela citou acho que 3 vezes "escola boa!", fiquei a mastigar o que é escola boa? Luma, me alfabetizei bem tarde, a minha melhor escola foi dentro de uma igreja, que no meio da semana virava escola, ainda dividia meio período com 3 séries, a professora Perpetua se perpetuou na minha memória como a mestra. Descobri a poesia com ela...
Excelente post!!!
Ah! P/ quem não ouviu a entrevista, vale a pena ganhar uns minutos na companhia de Adélia Prado.
Durma com os anjos...
Beijoooooooooooo
Pois é, Bia! O melhor da postagem é o áudio com a Adélia Prato, "Mas as pessoas na sala de jantar São ocupadas em nascer e morrer" e se esquecem de parar para viver!
ResponderExcluirAlém de querer participar da blogagem sobre poesia, algo que amo de paixão - a minha vontade era que as pessoas parassem um pouquinho para ouvir Adélia. Nossa, que coisa rica! Tenho salvo e ouço no repeat!
Luma, voltei para dizer que ontem nao consegui ouvir o audio, mas como a net por aqui oscilou bastante, achei que fosse isso. Mas mesmo agora, ele fica um tempão buscando depois dá erro de página. Pena...
ResponderExcluirBeijooooos
Ai..ai... Adelia Prado maravilhosa...bem lembrada para comemorar o dia daqueles que enchem nossa alma de ternura e amor...
ResponderExcluirVoltei viu Lumita...passou a correria e agora o que mais vou ter 'e tempo..entao aqui estou...
Bjs carinhosos
Marcia
Este post é maravilhoso. Você fecha o dia da Poesia de forma magistral.
ResponderExcluirOuvir Adélia Prado em entrevista é um presente pra todos nós.
Obrigado.
Beijos.
Luma
ResponderExcluirVoce escreveu sobre poesia com a mestra delas .
Adelia Prado!
E tudo de que mis gosto!
com carinho MOnica
Oi Luma.
ResponderExcluirNo Dia da Poesia, a melhor homenagem que li.
Thanks.
Beijo.
O dom de encantar não é para todos, mas Adélia sabe ser genial com sua força no sentir.
ResponderExcluirAh, o outro blog não tem proposta, apenas escrevo e escrevo.
:)
Beijo, Luma linda.
Rebeca
-
Oi Luminha, esse post está um show!
ResponderExcluirTambém não conhecia essa grande mulher, mas graças a Deus agora sim :)
Obrigada por compartilhar e por todas as palavras, frases inspiradoras aqui colocadas.
Beijo meu, com carinho.
Angel.
E nós nos dizemos poetas.
ResponderExcluirTemos muito o que aprender.
Beijo, Luma
Ah, Luminha... Falar dos poetas e falar de Adelia Prado...
ResponderExcluirEu lembro que quando vi Dona Doida, foi um deslumbre. Fui falar com fernanda depois, no camarim, e estava em estado de graça. Adelia Prado, Florbela Espanca e minha mui querida Cora Coralina, são minhas deusas da terra, minhas entidades telúricas amadas.
Bela, belíssima postagem.
Carpe diem.
Eu descobri Adélia na faculdade e me encantei com ela. Então um belo dia, numa reunião de figuras ditas poetas contemporâneos, meia dúzia deles passou a criticar a poesia e a mulher. Me irritei, fiquei quieta, peguei meus papéis e fui saindo. Acho que falta de argumento não serve como justificativa para falar mal. Enfim, estava de saída quando essa figura que diz não suportar Adélia Prato me chama "você ainda não disse nada, não pode ir embora". Contrariada, fiquei. Peguei meia dúzia de escritos que tinha na agenda e li. Fui ovacionada pelos todos que passaram a discutir então a "minha poesia". Mil elogios, questionamentos naturais e por fim, a minha palavra final "agradeço os elogios, mas peço que os entregue a quem de direito, os poemas são de autoria da mulher que vocês há pouco esculacharam". A perplexidade me deixou satisfeita e o silêncio também.
ResponderExcluirbacio carissima
Luma , perdoa acho que fiz um comentário no local errado. Xii foi mal!
ResponderExcluirVim te ler que é sempre um prazer. Vim em busca de poesia em comemoração ainda da blogagem das meninas Glorinha e Lu. Vim atrasadinha mas acho que a poesia me perdoa
Foi ótimo para mim ainda vir. Eu gosto desse jeito meu de alongar a duração dos meus gostos , só ganho com isso.
Vou ficar mais um pouco no blog curtindo outros posts, tá?
Beijos
Minha doce e querida Luma:
ResponderExcluirFelizmente, você sabe que ando um pouco lenta.
Atrasada mas não tarde demais para eu vir, extasiada, agradecer pelo post que é maravilhoso e a maravilhosa recolha que ele faz de testemunhos riquíssimos.
Obrigada, ainda, pela sua extrema generosidade.
Você é minha mestra e eu me quedo sempre admirada, e tento aprender com você.
Obrigada, querida, pela oportunidade de aparecer aqui na sua maravilhosa *party*
Meg