Uma jóia pré-colombiana
Exausto e já quase sem recursos, Hiram Bingham estava prestes a desistir de procurar a tal “cidade perdida”, da qual sempre ouvira falar. Era o dia 24 de Julho de 1911 e o arqueólogo americano, junto com a sua equipe, subia a mais de cinco meses as íngremes montanhas da cordilheira dos Andes, no Peru.
Enfrentaram chuvas, frio e uma densa floresta cheia de serpentes. Muitas informações desencontradas depois, a equipe estava a 2.500 metros de altitude. De repente, Bingham descortinou a visão mais deslumbrante de sua vida, conforme relatou: “Casas, dezenas de edifícios...templos, palácios incas! Jamais vi paredes tão firmemente construídas”.
Enfrentaram chuvas, frio e uma densa floresta cheia de serpentes. Muitas informações desencontradas depois, a equipe estava a 2.500 metros de altitude. De repente, Bingham descortinou a visão mais deslumbrante de sua vida, conforme relatou: “Casas, dezenas de edifícios...templos, palácios incas! Jamais vi paredes tão firmemente construídas”.
Após cinco séculos de paz, Machu Picchu, que os índios peruanos conheciam muito bem, estava descoberta “oficialmente” pelo ocidente. A vida por lá nunca mais seria a mesma.
Há relatos de que o explorador peruano Luis Bejar Ugarte esteve por lá em 1894, mas foi Bingham quem acabou com o mistério. Segundo a tradição inca, os segredos da floresta deveriam ser ocultos dos visitantes e, por isso, as informações dos nativos eram sempre vagas. A obstinação de Bingham em encontrar o que teria sido o último refúgio dos incas antes de serem arrasados pelos espanhóis, e a sorte de contar com condutores fiéis, o levou a descobrir o tesouro arqueológico, hoje visitado por mais de 100.000 pessoas ao ano. O turismo é a principal fonte de renda de Cuzco, porta de entrada de Machu Picchu.
O motivo para a existência de Machu Picchu, que significa “Montanha Antiga” na língua inca, ainda é um mistério. Pela proporção de dez mulheres para cada homem encontrada nos esqueletos dos cemitérios, acreditava-se que tenha sido o local santuário das Nustas ou Virgens do sol. Para lá teriam sido enviadas as mulheres, para serem salvas da brutalidade dos conquistadores. A falta do desenvolvimento de uma escrita inca faz com que as hipóteses jamais passem disso.
Os visitantes de hoje precisam ter disposição para percorrer, por alguns dias, as difíceis trilhas e chegar ao topo da cidade, a 4.200 metros de altitude, onde nem Birgham foi.
O passeio é um convite a especulações: Como uma civilização de cultura arquitetônica e estrutura política tão avançada, da qual não se sabe a origem, pode ter desenvolvido em local tão inóspito?
O passeio é um convite a especulações: Como uma civilização de cultura arquitetônica e estrutura política tão avançada, da qual não se sabe a origem, pode ter desenvolvido em local tão inóspito?
Supõe-se que os incas ocuparam a região por volta do século XVI, quando foram dizimados pelos espanhóis. Seu império ia do litoral do pacífico até as montanhas do interior da Bolívia. A “descoberta”de Machu Picchu foi descrita pelos jornais da época como “o acontecimento mais transcendente do Novo Mundo desde a odisséia de Colombo”
Tudo isso pra contar do livro que acabei de ler!
Por conta do meu estado febril, relatado no post anterior, optei por leituras leves e encontrei um livro de literatura infanto-juvenil bastante interessante e que indico para os pais (Dia dos pais) ou mães que gostam de aventura e que compartilham com seus filhos dos mesmos gostos - A leitura em conjunto é muito prazeirosa e estimulante para incentivar o hábito.
“O mundo de cabeça para Baixo”, escrito por Rodrigo Montoya, e que conta a história de Atahualpa; aquele que enfrentou os espanhóis, e também do deus Inca Ri; aquele que criou tudo que existe.
Quatro irmãos e suas mulheres partiram certa vez em busca do melhor lugar para criar Cuzco, umbigo do mundo e capital do império inca. Os incas viveram nos vales do Peru até a chegada dos espanhóis no século 16.
Dos quatro irmãos, Ayar Cachi era o mais forte. Ayar Uchu virou pedra e Ayar Awka morreu – e ninguém sabe como. Restou Manco Cápac, sua mulher e as três viúvas para concluir a missão. Um arco-íris indicou o vale de Cuzco e lá, ensinaram os nativos que aprenderam a plantar e a tecer com os filhos do sol.
Lá, era a terra dos filhos do sol.
Boa viagem!
“O mundo de cabeça para Baixo”, escrito por Rodrigo Montoya, e que conta a história de Atahualpa; aquele que enfrentou os espanhóis, e também do deus Inca Ri; aquele que criou tudo que existe.
Quatro irmãos e suas mulheres partiram certa vez em busca do melhor lugar para criar Cuzco, umbigo do mundo e capital do império inca. Os incas viveram nos vales do Peru até a chegada dos espanhóis no século 16.
Dos quatro irmãos, Ayar Cachi era o mais forte. Ayar Uchu virou pedra e Ayar Awka morreu – e ninguém sabe como. Restou Manco Cápac, sua mulher e as três viúvas para concluir a missão. Um arco-íris indicou o vale de Cuzco e lá, ensinaram os nativos que aprenderam a plantar e a tecer com os filhos do sol.
Lá, era a terra dos filhos do sol.
- Começaram os preparativos para os festejos comemorativos dos 100 anos da Redescoberta de Machu Picchu em 24 de Julho de 2011 [leia] porém...
- Entre tantas pedras, existe mais uma no caminho - O deputado Daniel Perez Estrada lidera um movimento no Congresso peruano para reconhecer que os primeiros descobridores, sejam: Agustín Lizárraga, Gabino Sanchez e Enrique Palma [saiba mais]
- Se você gostou das fotos desta postagem, adicionei mais fotinhas no "Draft to the draft"
Boa viagem!
Babei com as fotos.
ResponderExcluirPisar aí é um sonho.
Vou correndo ver mais fotos.
Bjs e cuide-se!
Michelle
já tive o prazer de conhecer machu Picchu e fazer a trilha dos incas, todinha a pé!é para poucos, pois é bem puxada,tem que ter um bom preparo físico para percorre-la, mas vale toda a pena!! Principalmente quando vc alcança o portal do Sol e tem a primeira visão da cidade perdida. é demais!este local é mágico, eu adorei!
ResponderExcluirBjs!
Luma querida!
ResponderExcluirLindo post e lindas fotos...vou já conferir as demais.
Essas histórias são sempre fascinantes.Nos transportam para o reino da imaginação onde ficamos tentando visualizar esta civilização ao vivo e a cores...
Não conheço o local. Gostaria de conhecer. Quem sabe, um dia?
Se cuida amiga...
Beijo grande
Interessante, mas sabe o que acho mais interessante, que mesmo uma cidade como Machu Picchu feita de pedra vai sobreviver bem mais tempo que as nossas construções modernas (devido ao dano que as construções feitas de cimento sofre pela expansão do sal contido dentro do mesmo)...
ResponderExcluirFique com Deus, menina Luma.
Um abraço.
Uau, que delícia de imagens...
ResponderExcluirQue viagem, hein Lu?! rs
Beijos querida!!^^
Espero que já esteja melhor!!
Bom estar aqui novamente e apreciar a sua rica postagem!
ResponderExcluirQue lugar fascinante!
Um beijo carinhoso
Muito obrigado pelo texto! Fiquei extasiado com a riqueza cultural que procurou demonstrar e, diga-se de passagem, acabou conseguindo. Esse tesouro de valor incalculável sempre me encantou e, Oxalá!, espero não morrer sem antes passar por lá.
ResponderExcluirAdorei as fotos. É uma vontade tão grande que eu tenho de conhecer esse lugar...
ResponderExcluirVou colocar o livro na minha lista senão esqueço o título rs
Beijossss
Luma:
ResponderExcluirBoa tarde!
Estou de volta e encontro est bela postagem.
Parabéns!
Fotos maravilhosas que também são uma viagem.
Beijos.
Anny.
Luma, que bela postagem...adorei. Quem sabe um dia eu não me animo..
ResponderExcluirFiquei feliz em saber que ja melhorou e espero sua recuperação total.
Beijos
Eu tenho alguns amigos que já foram lá, todos eles disseram que ao chegar em Machu Picchu sentem uma energia diferente. Adoraram a viagem. É algo que para uns é curioso e para outros é místico, ou ambos.
ResponderExcluirainda hei de ir a Machu Pichu.
ResponderExcluirUm ótimo fim de semana para você!!!!
/(,")\\
./_\\. Beijossssssssss
_| |_................
Um local maravilhoso e místico.As imagens estão lindas.
ResponderExcluirbjos
Eu adoro estórias das antigas civilizações...agora nada me faz ficar mais louca do que a Grécia Antiga. Sou totalmente apaixonada por mitologia grega. Acho lindo Machu Pichu, mas não iria. Primeiro que meu pobre joelho não daria conta de tanta escada...rsrsrs e sou mais a Grécia, com suas casinhas brancas e mar azul...com dinheiro sobrando até talvez um dia fosse, mas aí teria que trocar de joelho...hehe lindo post e lindas fotos. bjs.
ResponderExcluirLuma Será que foi publicado? Vou então só dizer que as paisagens são belissimas!
ResponderExcluircom carinho Monica
Olà Luma,
ResponderExcluirQue lindo lugar ! Me deu vontade partir para a América do Sul.
Super beijo
Laura
Luma,
ResponderExcluirEste lugar é encantador. As fotos são lindas.Bjs
Luma,
ResponderExcluirEstimo melhoras.
Agora me deu ainda mais vontade de conhecer! Deve ser espetácular! Imagina sentir a energia de um povo inteiro! d+!
ResponderExcluirLugar lindo e uma história que estimula a curiosidade.
ResponderExcluirVc tá melhor?
Te cuida, linda!
um beijo
"Lumitcha nota dez",
ResponderExcluirPessoas inteligentes como você sempre têm uma visão criativa sobre o ócio.
Seus comentários são pra mim o "eco das palavras" que você mesma destacou do livro do Zafón! =)
Sobre o café, eu bebo qualquer um, não estando velho ou frio, tá valendo! Os de máquina eu acho mais saborosos, justamente por serem mais encorpados. No Brasil, o café que eu bebia em casa era feito por mim e o pó era escolhido à dedo (usava um de Machado, trazido por uma amiga).
Aqui, como era de se esperar, são outros costumes. Não é impossível, mas é difícil achar os aparatos para fazer como eu fazia no Brasil. Então, tenho tentado outra opções. Só não dá pra continuar "quebrando o galho" com o tal café solúvel!
Autalmente, uma máquina de expresso não é tão cara, mas é chato ficar comprando coisas cada vez que tenho que mudar de casa. Não é nada conveniente essa atitude tendo consciência da minha intinerância.
Então, ainda estou investigando "aparatos" alternativos como ESTE, por exemplo.
Perguntei pra saber que café você bebia em casa, porque sei que você é chegada num bom café.
Enfim, ei de encontrar uma boa opção! Sair à rua sempre que desejar um café gostoso é praticamente um cárcere! rs!
Bjs,
Michelle
Luma,
ResponderExcluirEsse post está fantástico!!! O lugar é de sonho e com sua narrativa fez com que eu fizesse uma viagem sem sair do lugar. Parabéns. Minha enteada esteve em lá há alguns anos atrás e contou coisas maravilhosas. Quem sabe um dia eu crio coragem e me aventuro também...sei que será inesquecível.
Bjs carinhosos e linda semana
Márcia
Excelente postagem. Já assisti vários documentários falando desse lugar. Realmente é impressionante.
ResponderExcluirBeijos na alma, Luma!
Um excelente jeito de começar o almoço: viajando :)... pretendo ir lá, mas só depois de rodar a nossa terra.
ResponderExcluirEspero que já tenha melhorado dessa pneumonia! Beijão e ótima semana =)
Oi, Luma. Está melhor? Espero que sim.
ResponderExcluirMachu Picchu deve mesmo ser um deslumbre para os olhos.
Mas a altitude é um entrave para mim. Posso apenas me contentar com fotos.
Beijo!
Luma,
ResponderExcluirFiz uma viagem ao Peru, em seu texto.
Obrigado.
Um dia ainda vou lá!
Luiz Ramos
Luma, minha amiga que história e quando me deparei com as imagens fiquei sem ar. De fato valia muito a pena buscar a cidade.
ResponderExcluirUm beijo
luma, foi uma das viagens mais marcantes que fiz. E UAM DAS MAIS MAGICAS. QUEM VAI A MACHU PICCHU NUNCA MAIS SERÁ O EMSO...PARA MIM, VIVI MUDANCAS MARA<VILHOSAS DE DESOBERTA PESSOAL..
ResponderExcluirE ainda penso em voltar.
dias felizes
grace
nunca mais sera o mesmo.
ResponderExcluirLuma,
ResponderExcluirO bom de ler seu post é que a gente viaja junto contigo. A beleza e o mistério de Machu Picchu são atraentes e instigantes, realmente.
Amei o post.
beijo, menina
denise rangel
drang.com.br
Luma,
ResponderExcluirSempre que chego aqui aprendo um pouco mais sobre as matérias postadas. Faz pouco tempo que a mãe de Jota Cê esteve no Peru e é nossa vontade conhecer esse lugar tão místico.
Você é uma querida, menina linda.
Beijo bem grandão.
Rebeca
-
Esta postagem faz jus a um lugar assim, tão encantado! Machu Picchu que me aguarde: irei lá, certamente! Só não sei se terei fôlego para atingir os 4.200 m! rsrs
ResponderExcluirBoa semana!
Bjs.
Passando por aqui para divulgar o meu brechó virtual! Bjs, http://www.brechodatatinha.blogspot.com
ResponderExcluirÉ uma paisagem belíssima e uma cidade repleta de lendas e simbolismos. Um lugar que qualquer um com condições de fazer a longa caminhada necessária deveria conhecer.
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