Dance comigo
Em um artigo da revista francesa "Arts" foi publicada uma comparação de filmes de direita, bem-feitos, com os de esquerda, bem-intencionados. O Crítico de cinema François Truffant dizia que era preciso esperar que Alain Resnais se tornasse diretor de longas "para finalmente assistirmos filmes de esquerda bons e belos".
A promessa se cumpriu e quando Resnais, também crítico e respeitado diretor de curtas documentais, lançou o seu primeiro longa de ficção, inaugurando-se o movimento conhecido como "Nouvelle Vague" [Nova Onda].
A onda estava feita e atores desconhecidos passaram a interpretar histórias atuais. Havia predominância de tomadas externas mesmo com orçamentos reduzidos, porém com a "assinatura" de diretores, que antes críticos de cinema, passavam da teoria para a ação. Era 1958 e em três anos, uma infinidade de filmes franceses e cerca de 170 cineastas tinham estrelado no país.
Que Reste-t-il de la Nouvelle Vague?
Com um título que remete a época de ouro do cinema francês, a banda Nouvelle Vague esteve no Brasil em Setembro de 2008, com apresentação em três capitais. No Rio, com várias tribos presentes e eu estava lá. Muita demora para começar e valeu a pena? Valeu muito a pena. A banda super carismática apresentou pequenas coreografias ensaiadas e todo mundo dançou e cantou. Sim, as músicas são todas covers conhecidas nossas, dos anos 80, clássicos de new wave a punk, acrescentadas de pitadas de deboche e blasè francês. Um verdadeiro upgrade!
A promessa se cumpriu e quando Resnais, também crítico e respeitado diretor de curtas documentais, lançou o seu primeiro longa de ficção, inaugurando-se o movimento conhecido como "Nouvelle Vague" [Nova Onda].
A onda estava feita e atores desconhecidos passaram a interpretar histórias atuais. Havia predominância de tomadas externas mesmo com orçamentos reduzidos, porém com a "assinatura" de diretores, que antes críticos de cinema, passavam da teoria para a ação. Era 1958 e em três anos, uma infinidade de filmes franceses e cerca de 170 cineastas tinham estrelado no país.
Que Reste-t-il de la Nouvelle Vague?
Com um título que remete a época de ouro do cinema francês, a banda Nouvelle Vague esteve no Brasil em Setembro de 2008, com apresentação em três capitais. No Rio, com várias tribos presentes e eu estava lá. Muita demora para começar e valeu a pena? Valeu muito a pena. A banda super carismática apresentou pequenas coreografias ensaiadas e todo mundo dançou e cantou. Sim, as músicas são todas covers conhecidas nossas, dos anos 80, clássicos de new wave a punk, acrescentadas de pitadas de deboche e blasè francês. Um verdadeiro upgrade!
Dizem que antigamente os pares dançavam de rosto colado, para a proximidade ajudar na escolha de quem conviver. A maneira como o homem pegava sua dama, a segurança em conduzí-la e a leveza na correção dos passos, se caso houvessem erros, contavam pontos na conquista. Para os tímidos, a dança era fundamental impulso para entabular conversação e para os atiradinhos, se eventualmente acontecesse um certo entumescimento de determinado orgão da anatomia masculina, seria o fim. Em via de regra, deixado no meio do salão (parte do texto do Marco [Antigas Ternuras] adaptado por mim). Leiam na íntegra!
Eu gosto da cartilha nouvelle Vague de dar novo significado maroto, intimista, desordeiro para as canções - do ensaio, de dançar no quarto, na tenda, na pista e da apresentação de passinhos, mesmo à três.
Quer ouvir mais? Clique aqui.
Eu gosto da cartilha nouvelle Vague de dar novo significado maroto, intimista, desordeiro para as canções - do ensaio, de dançar no quarto, na tenda, na pista e da apresentação de passinhos, mesmo à três.
Quer ouvir mais? Clique aqui.
adorei, adorei essa dança menage à trois. Vou linkar. Bjs.
ResponderExcluirAnita
Me lembro agora do Cineac Trianon, no Rio. Tudo que é bom acaba. A sessão começava quando o espectador chegava e terminava quando ele ia embora. A programação era, essencialmente, dança, clássica e popular, ballet clássico ou jazz. O Lago dos Cisnes ou um simples sapateado. Não havia hipótese de eu ir ao Rio e não ficar algumas horas no Cineac Trianon.
ResponderExcluirAno? Talvez 1957. Seria isso "antigamente"? Talvez não porque, quanto a dançar de rosto colado e de existir um certo entumescimento, nunca recebi nenhuma reclamação.
Querida Luma,
ResponderExcluirDançar de rosto colado faz bem à saúde do coração - rsrsr - obrigada pela dica do conjunto musical. Bom domingo.
Beijos, Madá
P.S.: obrigada pelo sua visita ao meu bloguinho e comentário. Ah, não gosto muito de podar as plantinhas - apenas o necessário.
Eu me senti uma et lendo esse post... To completamente por fora... Defasada...
ResponderExcluirSobre o meu texto, é 100% real... E sim, eu tb acho que a solidão é uma necessidade básica.
beijso querida
jana
(Entretantas-eu)
Luma,
ResponderExcluirtemos um amigo do blog 100cabeças que esta a ponto de perder todas as 100 por ter sofrido a agressão de que vpocê também já foi vítima! Se puder dizer a ele como deve proceder seria muito util. Seu blog foi incluido como IMORAL.
Antecipadamente te agradeço.
Se a MODA pega estamos TODOS fritos!
Luma, enviei-te um e-mail mas, por qualquer razão, veio devolvido. Deixo-te aqui o meu e-mail. Quando puderes diz-me o que fazer para retirar o "cão" que guarda a entrada do meu Blogue. Obrigado.
ResponderExcluirruisilvares@hotmail.com
Quanto a este post é curioso, ainda agora estive numa loja da FNAC e tive dois CD's dos Nouvelle Vague na mão. A sequência de temas que está aí em cima poderia ser tirada da prateleira onde guardo a minha música. Dead Kennedys, Echo, Joy Division... danço bastante com my self ao som desses grupos quando estou por aqui a pintar.
:-)
Esta situação incómoda tem dado para conhecer alguns Blogues interessantes de pessoas que, como tu, apareceram no 100 Cabeças a manifestar solidariedade comigo.
Diz o povo que "há males que vêm por bem", nesta ocasião sou levado a concordar!
Deve ser bem melhor que assistir o chatíssimo João Gilberto e seu banquinho
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