Assim que se fala! Assim que se faz!
(Florbela Espanca)
Sinto inveja das mulheres que romanceiam tudo, aquelas que promovem o homem a chefe da repartição cardiovascular. Mas esticar o faz-de-conta chega nos limites da impaciência e penso que é por isso, que começo a esquecer da cor dos seus olhos.
Porque existem muitos homens como você. Oras, tem que dar-me motivos pra escrever-te cartas de amor...
Esse não é apenas um problema de George, a maioria dos homens pensam que a mulher tem que estar disponível. Tem horas que não rola. Não é desamor. Existem os problemas do dia a dia que fazem os casais distanciarem entre si.
Corrigindo: Acho que algumas mulheres também pensam assim...
"Lábios que encontram outros lábios
num meio de caminho, como peregrinos
interrompendo a devoção, nem pobres
nem sábios numa embriaguez sem vinho
que silêncio os entontece quando
de súbito se tocam e, cegos ainda,
procuram a saída que o olhar esquece
num murmúrio de vagos segredos?"
(Soneto, Nuno Júdice)
A praticidade tronou-se lei, procuramos estar descomplicando o nosso dia a dia com máquinas e cortando o caminho pra otimizar o tempo. Como tem gente que pensa em tudo, que pensa nas maneiras de diminuir o caminho e assim um gesto substitue uma fala.
Para esses foi criado um par de almofadas. Aqueles casais que têm problemas de comunicação, ou se sentem incomodados — há gente timida que, por mais intimidade que haja, nunca se sente à vontade com este tipo de assunto — de terem de perguntar ao outro se querem conversar simplesmente ou ter uma noite de sexo… Yes/No Pillow Cases, criadas por Nicolette Brunklaus dispensam qualquer tipo de comunicação. Existem outras criadas por Nicolette Brunklaus — são ainda mais explícitas: Yes No Pillow. Alguns confeccionistas brasileiros de roupa de cama, mesa e banho, logo irão copiar a receita. Podem crer!
Parece que temos que aprender muito com os animais.
E aí? Já deu a sua lambidinha hoje?
Beijus
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