The Rolling Stones, esses caras pensam que inventaram o sexo e eu explico por quê.

Durante décadas as muitas insinuações nas letras do americano Cole Porter eram o que havia de mais picante na música popular. Mas em 1965, Mick Jagger, vocalista dos Rolling Stones começou a cantar “(I can’t get no) Satisfaction”, num compacto e, tudo mudou!

Na época o guitarrista Keith Richards afirmou ter acordado no meio da noite num quarto de motel com o refrão na cabeça. Registrou o trecho da canção em um gravador e voltou a dormir. No outro dia não se lembrava de nada.

A canção levou a banda ao superestrelato. Foram mais de 1 milhão de discos vendidos só nos EUA e o compacto entrou para a lista das mais executadas naquele país antes mesmo de ser lançado na Inglaterra.

O sucesso da canção entre a irrequieta juventude daquela época foi compreensível. Afinal. Mick Jagger tornou mais explícitos os movimentos de pélvis consagrados por Elvis Presley e queria bem mais que segurar “na mão” de uma menina, como cantavam os Beatles.

A banda que já tinha fama de ser formada por rapazes desgrenhados e bizarros, nas palavras de um jornal inglês da época, foi definitivamente consagrada como os meninos maus do rock – na verdade uma estratégia de mercado para diferenciar radicalmente o grupo de seus rivais mais bem-comportados, aqueles quatro rapazes de Liverpool.

No mesmo ano, o novo sucesso serviu de carro chefe para “Out of our heads”, o quarto LP da banda, que lançara o primeiro disco em 1964. Depois de “Satisfaction” o vocabulário da canção pop foi se tornando cada vez mais jovem e esclarecedor.

O ano definitivo para a consagração do mito de meninos maus dos Rolling Stones foi em 1969. Em 3 de Julho, Brian Jones foi encontrado afogado em sua piscina na qual teria caído, segundo o médico legista, “sob o efeito de drogas e álcool”. No mês anterior, ele tinha deixado os Stones depois de um confronto com Jagger e Richards e pretendia formar a sua própria banda.

Em Dezembro, um espectador morreu esfaqueado durante um tumultuado show do grupo – com segurança feita pelo grupo de motociclistas Hell’s Angels – Além das tragédias, numa radical incursão cinematográfica: Os Rolling Stones foram os astros do documentário “One Plus one/Synpathy for the Devil”, do mais badalado diretor da década de 60, o francês Jean-Luc Godard. Depois da dissolução dos Beatles, em 1970, não havia quem mais se rivalizasse com os Rolling Stones.

"Eu atraio o público...
É claro que o que faço é algo sexual.
Eu danço, e toda a dança é um substituto do sexo" (Mick Jagger)

Será? Bôra todo mundo dançar.

O texto acima é uma republicação, originalmente postado em 19.02.2006 e que trago hoje ao "Luz" por 3 motivos: Hoje é dia mundial do rock, os Rolling Stones estão festejando 50 anos de rock'n'roll e devido ao temporal de ontem que me impossibilitou de fazer um postezito decente - casa alagada e destelhada, torção no joelho e por aí vai...

A vida tem dessas coisas e para compensar, temos amor! Então não se esqueça do nosso encontro no próximo dia 15 (Domingo) que se prolongará conforme a necessidade. A última fase da Blogagem Coletiva "Amor aos Pedaços" - a "Reintegração" de todas as peças fragmentadas do amor. Se você ainda não confirmou a sua participação, ainda tem tempo!