Boas Vindas...



Yvonne,
Felicidades na nova morada!!



Esse ano de 2006 será o lançamento de "O Código de Da Vinci", o filme. Imagino que não poderemos chamar de filmezinho porque será estrelado por Tom Hanks. Quem viver, saberá!

Se, como habitual, todas as modas são passageiras, a longa lista de lançamentos literários de 2006 não deixa esconder a continuidade da tendência iniciada por Brown, tendo títulos como Labyrinth de Kate Mosse (que fala de uma seita católica e da busca pelo cálice sagrado), The Last Templar de Raymond Khoury, The Templar Legacy de Steve Berry ou The Last Cato de Matilde Asensi, entre muitos outros.

A temática é, portanto recorrente e a protagonista é quase sempre a Igreja Católica (fácil de envolver em controvérsias). Por parte das editoras, a expectativa em relação aos números das vendas deste gênero de livros é muito grande, chegando mesmo às 350.000 cópias por uma primeira edição. A ficção baseada em fatos reais sempre atrai leitores e espectadores, no caso do Cinema.

O que Brown fez com o seu sucesso foi, de algum modo, criar, não um gênero, mas uma categoria onde todos esses títulos podem ser inseridos. E uma categoria bastante popular, acrescente-se. Essa popularidade deve-se, para além da temática controversa, ao gênero thriller/suspense, que está na genese de construção da maioria destes livros. A escrita desses livros é bastante linear: frases simples, sem construções gramaticais complexas ou vocabulário desconhecido. Além disso, e já tendo "O Código da Vinci" uma certa construção cinematográfica, até mesmo na sua forma; os capítulos dividem-se como cenas de um filme.

Dan Brown, conseguiu, portanto, a fórmula certa para levar os livros a um enorme número de públicos e, a julgar por algumas novidades editoriais do próximo ano, essa fórmula vai ser usada até à exaustão.

Obstante não planejo ler o restante dos livros que virão atrás da onda de Dan Brown. Não que ache "O Código da Vinci" um mau livro. Além disso, condeno atitudes pseudo-intelectuais de pessoas - e tive um conhecido que afirmou que "jamais leria Dan Brown" só porque toda a gente lê. Um livro, e quem diz um livro, diz um filme ou uma música, não é mau só porque toda a gente o lê, o vê ou a ouve - quando muito, pensar-se-ia o oposto - porque não usa uma escrita absolutamente incompreensível para o leitor. Mas também não acho que Dan Brown tenha um talento à medida do seu sucesso.

Pronto! Na época que todos estavam lendo esse livro falei pra mim mesma que não ia dar opinião. Mas agora já foi.
E ouvindo no repeat


Eu não disse que estava docinha?!

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