Nesses dias longe da máquina, percebi que o computador cria uma ilusão perigosa: o texto parece sempre limpo, arrumadinho e quando você vai ler, está uma porcaria. Acabei voltando à mão livre. E a mão, vou contar pra vocês, é um instrumento fantástico.
A mão cria, faz coisas incríveis! Ela é a extensão, uma terminação da nossa mente. Ela tanto afaga quanto golpeia.
A mão, nas obras de Oscar Niemeyer, aparece com um forte caráter simbólico (Memorial da América Latina, Monumento JK e Centro Cultural Le Havre), porque ele sabe que as mãos colocam pra fora os nossos sentimentos. Assim como os pés que nos levam a caminhar decidido, indeciso ou lentamente.
Clique
aqui para visualizar o Centro Cultura Le Havre numa visão panorâmica.
Texto ao lado de proprio punho de Oscar Niemeyer.
Os extremos caminham juntos.
No caso de Niemeyer, ele sabe que a máquina da arquitetura é sair da folha branca de papel e chegar a um palácio.
E porque um sujeito miseravelmente olha para o céu e as estrelas e acha tudo insignificante?
A resposta é simples: Ele não tem olhos para a grandiosidade. Vai aprender a torcer as roupas do diabo para entender as dificuldades da vida; Que basta um minutinho na história e tudo passa, tudo já passou.
O instante anterior não volta mais. Vambora olhar o céu!!