A imprensa européia está dividida entre o temor da rigidez extrema e a espera de surpresas positivas
Pelo menos três fatos da vida do novo Papa precisamos saber. Se sabem refresquem a memória:
Nós brasileiros tomamos conhecimento de Ratzinger, pela mídia por duas vezes, a primeira foi em 1968 quando travou uma luta ferrenha contra o marxismo e o ateísmo, que conquistava terreno principalmente entre os jovens.
Karl Marx (in: Manuscritos econômico-filosóficos)
"A miséria religiosa constitui ao mesmo tempo a expressão da miséria real e o protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o íntimo de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. É o ópio do povo. A abolição da religião enquanto felicidade ilusória dos homens é a exigência da sua felicidade real. O apelo para que abandonem as ilusões a respeito de sua condição é o apelo para abandonarem uma condição que necessita de ilusões. A crítica da religião é, pois, em germe, a crítica do vale de lágrimas do qual a religião é a auréola. A crítica colheu nas cadeias as flores imaginárias, não para que o homem suporte as cadeias sem capricho ou consolação, mas para lançar fora as cadeias e colher a flor viva. A crítica da religião liberta o homem da ilusão, de modo que pense, atue e configure a sua realidade como homem que perdeu as ilusões e reconquistou a razão, a fim de que ele gire em torno de si mesmo e, assim, à volta de seu verdadeiro sol. A religião é apenas o sol ilusório que gira à volta do homem enquanto ele não circula em torno de si próprio."
Outra ocasião em que a mídia destacou Ratzinger, foi em 1984 quando ocupava o cargo de prefeito da Sagrada congregação para a Doutrina da Fé; combateu a Teologia da Libertação e proibiu o livro de Leonardo Boff . No livro “ Igreja, carisma e poder” Boff critica a estrutura da Igreja.
"Ratzinger é uma catástrofe para a América Latina, onde vive quase a metade dos 1,1 bilhão de católicos. Ele quer acabar com a Teologia da Libertação", declarou o sociólogo mexicano Bernardo Barranco.
Cinco anos antes um outro teólogo, Hans Küng, foi punido pelo Vaticano por sua visão liberal da fé católica e hoje está radicado na Alemanha, foi proibido de lecionar teologia em nome da Igreja. Mesmo assim ele quando foi entrevistado, deu uma colher de chá ao novo líder da Igreja católica: "De qualquer forma é preciso esperar 100 dias, antes de poder julgar”.
Joseph Ratzinger era filho de um policial que porfazer críticas aos nazistas, sua família teve que se mudar para os Alpes da Baviera. Aos 12 anos entrou para o seminário e aos 16 anos, ele e seus colegas seminaristas foram convocados para uma unidade de defesa anti-área, encarregada de proteger uma fábrica da BMW em Munique, durante a Segunda Guerra Mundial.
No final de abril de 1945, quando as forças aliadas já se aproximavam da Alemanha, Ratzinger desertou do exército e foi novamente para Traunstein. Ele não podia prever que os soldados americanos libertadores fossem montar um quartel-general justamente em sua casa. Resultado: Ratzinger acabou sendo identificado como soldado alemão, foi preso num campo para prisioneiros de guerra, mas libertado ainda em junho do mesmo ano.
Segundo a sua biografia, Ratzinger pertenceu à Juventude Hitlerista durante a Segunda Guerra Mundial, quando isso era obrigatório na Alemanha, mas não foi nazista. Ele e seu irmão Georg retornaram ao seminário.
Afonso, não estou remando contra a maré, só mostrando um pouco do porque das pessoas se tornarem sólidas.
Gostaria de partilhar com vocês Rubens Alves entrevistando Karl Marx em uma cervejaria.
Vejam também uma foto-montagem mostrando a semelhança entre Bento XVI e o Imperador Palpatine de Guerra nas Estrelas.
Visto que até mesmo os críticos, que vêem nele a personificação da ortodoxia da Igreja Católica ultraconservadora e uma figura controvertida até mesmo na Alemanha, reconhecem que ele é um teólogo inteligente e articulado.
Esperemos.
Beijus,
Nós brasileiros tomamos conhecimento de Ratzinger, pela mídia por duas vezes, a primeira foi em 1968 quando travou uma luta ferrenha contra o marxismo e o ateísmo, que conquistava terreno principalmente entre os jovens.
Karl Marx (in: Manuscritos econômico-filosóficos)
"A miséria religiosa constitui ao mesmo tempo a expressão da miséria real e o protesto contra a miséria real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o íntimo de um mundo sem coração e a alma de situações sem alma. É o ópio do povo. A abolição da religião enquanto felicidade ilusória dos homens é a exigência da sua felicidade real. O apelo para que abandonem as ilusões a respeito de sua condição é o apelo para abandonarem uma condição que necessita de ilusões. A crítica da religião é, pois, em germe, a crítica do vale de lágrimas do qual a religião é a auréola. A crítica colheu nas cadeias as flores imaginárias, não para que o homem suporte as cadeias sem capricho ou consolação, mas para lançar fora as cadeias e colher a flor viva. A crítica da religião liberta o homem da ilusão, de modo que pense, atue e configure a sua realidade como homem que perdeu as ilusões e reconquistou a razão, a fim de que ele gire em torno de si mesmo e, assim, à volta de seu verdadeiro sol. A religião é apenas o sol ilusório que gira à volta do homem enquanto ele não circula em torno de si próprio."
Outra ocasião em que a mídia destacou Ratzinger, foi em 1984 quando ocupava o cargo de prefeito da Sagrada congregação para a Doutrina da Fé; combateu a Teologia da Libertação e proibiu o livro de Leonardo Boff . No livro “ Igreja, carisma e poder” Boff critica a estrutura da Igreja.
"Ratzinger é uma catástrofe para a América Latina, onde vive quase a metade dos 1,1 bilhão de católicos. Ele quer acabar com a Teologia da Libertação", declarou o sociólogo mexicano Bernardo Barranco.
Cinco anos antes um outro teólogo, Hans Küng, foi punido pelo Vaticano por sua visão liberal da fé católica e hoje está radicado na Alemanha, foi proibido de lecionar teologia em nome da Igreja. Mesmo assim ele quando foi entrevistado, deu uma colher de chá ao novo líder da Igreja católica: "De qualquer forma é preciso esperar 100 dias, antes de poder julgar”.
Joseph Ratzinger era filho de um policial que porfazer críticas aos nazistas, sua família teve que se mudar para os Alpes da Baviera. Aos 12 anos entrou para o seminário e aos 16 anos, ele e seus colegas seminaristas foram convocados para uma unidade de defesa anti-área, encarregada de proteger uma fábrica da BMW em Munique, durante a Segunda Guerra Mundial.
No final de abril de 1945, quando as forças aliadas já se aproximavam da Alemanha, Ratzinger desertou do exército e foi novamente para Traunstein. Ele não podia prever que os soldados americanos libertadores fossem montar um quartel-general justamente em sua casa. Resultado: Ratzinger acabou sendo identificado como soldado alemão, foi preso num campo para prisioneiros de guerra, mas libertado ainda em junho do mesmo ano.
Segundo a sua biografia, Ratzinger pertenceu à Juventude Hitlerista durante a Segunda Guerra Mundial, quando isso era obrigatório na Alemanha, mas não foi nazista. Ele e seu irmão Georg retornaram ao seminário.
Afonso, não estou remando contra a maré, só mostrando um pouco do porque das pessoas se tornarem sólidas.
Gostaria de partilhar com vocês Rubens Alves entrevistando Karl Marx em uma cervejaria.
Vejam também uma foto-montagem mostrando a semelhança entre Bento XVI e o Imperador Palpatine de Guerra nas Estrelas.
Visto que até mesmo os críticos, que vêem nele a personificação da ortodoxia da Igreja Católica ultraconservadora e uma figura controvertida até mesmo na Alemanha, reconhecem que ele é um teólogo inteligente e articulado.
Esperemos.
Beijus,