Tom e John
The long and winding road, that leads to your door,
Will never disappear, I've seen that road before,
It always leads me here, lead me to your door.
The wild and windy night, that the rain washed away,
Has left a pool of tears, crying for the day,
Why leave me standing here, let me know the way.
Many times I've been alone, and many times I've cried.
Any way you'll never know, the many ways I've tried.
And still they lead me back, to the long, winding road,
You left me standing here, a long, long time ago,
Don't leave me waiting here, lead me to your door.
But still they lead me back, to the long, winding road,
You left me standing here, a long, long time ago,
Don't keep me waiting here, lead me to your door...
"The long and winding road" é a mais bela declaração de amor feita de um homem para outro. O mais engraçado é que ela foi a gota d'água entre John e Paul. Chocados? Mas não vou falar disso hoje.
John Lennon
Passava 7 minutos das 22 hs. do dia 08 de Dezembro de 1980, o vento soprava em direção à Rua 72 e fazia frio na porta do Dakota, edifício construído no século XIX em frente ao Central Park, famoso pelas celebridades que lá moraram. Mas uma tragédia de dimensões planetárias viria reforçar o aspecto macabro do lugar, também conhecido como casa do diabo desde que serviu de cenário para o filme de terror “O bebê de Rosemary”, de Roman Polanski.
Ao voltar de um estúdio onde John Lennon acabara de gravar “Walking on thin ice”, uma canção de sua mulher Yoko Ono, a limusine do casal estacionou em frente do Dakota. O cantor e compositor, o mais polêmico dos Beatles, banda à qual ele imprimiu seu estilo rebelde e iconoclasta, caminhou em direção ao pátio interno. Antes de alcançá-lo, porém, foi alvejado, pelas costas, por 5 tiros de calibre 38, que atingiram braço, peito, ombro e cabeça (uma das balas alojou-se em seu casaco). Lennon caiu com o rosto voltado para o chão.
Os disparos à queima roupa foram feitos por Mark David Chapman, 25 anos, que horas antes havia pedido um autógrafo do ídolo na capa do álbum “Doublé Fantasy”. O ato de distribuir assinaturas aos fãs era normal para Lennon, que chegou a ser fotografado, pelo fã Paul Goresh, com o homem que viria a matá-lo.
Aos 40 anos, Lennon estava feliz por lançar o primeiro disco depois de cinco anos sem gravar, e esperava atingir o primeiro lugar nas paradas. Desejo concretizado, mas nunca testemunhado por ele. O sonho de toda uma geração, a dos anos 60, da paz e amor, acabara para seu porta-voz e sonhador mais constante.
Chapman jogou a arma no chão e não ofereceu resistência quando a polícia o prendeu, minutos depois, com o livro “O Apanhador no campo de centeio”, de J. D. Salinger, e US$2.500 no bolso.
Mais tarde, revelaria que matara o ídolo de adolescência obedecendo a vozes que lhe ordenaram o crime. A própria polícia socorreu o cantor, cuja últimas palavras teriam sido “Eu sou John Lennon”. Apesar dos esforços do médico que o atendeu, Lennon já chegou morto ao Hospital.
O que se seguiu, em Nova York e no resto do mundo, foram cenas de histeria tão comuns quanto aquelas que as apresentações dos Beatles provocavam no auge da carreira.
Notícia de suicídio fizeram com que Yoko fosse à imprensa pedir calma aos fãs. Dos antigos companheiros, apenas Ringo Starr foi à Nova York prestar sua última homenagem.
Embora fosse considerado pelos psiquiatras uma vítima de graves distúrbios mentais, o assassino de John Lennon foi condenado a 20 anos de confinamento, posteriormente transformados em prisão perpétua. Na prisão de Attica, estado de Nova York, é mantido em solitária, menos por sua periculosidade do que pelo risco de atentados à sua vida. Em Dezembro de 1982, Chapman pediu perdão a Yoko Ono pelo assassinato de John Lennon.
* História relembrada para as gerações que como eu um dia não sabia quem eram os Beatles.
* Paris faz homenagem ao ex-Beatle, veja aqui.
Curiosidades:
*Julia Baird, irmã de John Lennon, revelou em seu livro John Lennon My Brother (jun/ 89) que o beatle tem uma segunda irmã, que foi doada por sua mãe a um casal norueguês.
*John Lennon chupou a grase "goo goo ga joob" (em "I Am The Walrus") do poema "O Despertar de Finnegan", de James Joyce.
Mas pra quê
Pra quê tanto céu
Pra quê tanto mar,
Pra quê
De que serve esta onda que quebra
E o vento da tarde
De que serve a tarde
Inútil paisagem
Pode ser
Que não venhas mais
Que não venhas nunca mais
De que servem as flores que nascem
Pelo caminho
Se o meu caminho
Sózinho é nada
É nada
É nada
Tom Jobim
“Minha vida é extraordinariamante monótona. Não tenho nem o robe roxo que melhora a biografia de tantos compositores”(Tom Jobim)
Imagine...
Beijus,