Ditadura militar com apoio civil, um republicídio brasileiro
Na manhã do dia 1º de Abril de 1964, na esquina da Rua Joaquim Nabuco com a Avenida Atlântica, no então bucólico Posto Seis, na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, um coronel do Exército salta de um Citroën preto e caminha em direção ao sentinela que guardava a entrada do Forte de Copacabana. A boletada no rosto do praça eliminou um dos supostos focos de apoio ao presidente João Goulart, a essa altura politicamente desenganado.
Foi em uma crônica do jornalista Carlos Heitor Cony, que li a narração dos fatos referentes ao dia fatídico, lembrando ainda a preocupação do referido oficial em colocar dois paralelepípedos no meio da então única pista da Avenida Atlântica: "Precisamos parar os tanques do I Exército!"
Foi em uma crônica do jornalista Carlos Heitor Cony, que li a narração dos fatos referentes ao dia fatídico, lembrando ainda a preocupação do referido oficial em colocar dois paralelepípedos no meio da então única pista da Avenida Atlântica: "Precisamos parar os tanques do I Exército!"
O I Exército não apareceu. Na verdade, ele se reuniu aos demais exércitos e à Marinha e à Aeronáutica para iniciar o experimento que pôs fim à República de 1946. Os paralelepípedos, inúteis, foram separados pelo próprio Cony, sem qualquer esforço, em um leve movimento com a ponta do pé.
Mas, ao contrário dos paralelepípedos de Cony, duros e objetivos como a verdade deve ser, os acontecimentos de 1964 estão sujeitos à dissipação e à plasticidade. Lembrá-los hoje significa transitar para um insolúvel conflito de interpretações. Conflito que abriga, ainda, a dúvida sobre quais são e quando começaram os eventos causadores? Thomas Mann, em "José e seus irmãos", já nos advertia: "É muito fundo o poço do passado". Até onde, portanto, devemos retroceder?
Há quem sustente que o movimento que depôs o presidente João Goulart, em 1º de Abril de 1964, só pode ser legível se fizermos uma espécie de arqueologia do comportamento militar no Brasil. Arqueologia cujos sinais remontam à Guerra do Paraguai e deságuam no envolvimento com a modernização autoritária e com o anticomunismo feroz dos anos 30, 40 e 50. Essa naturalização do "componente militar", nesse efeito de datação longa, faz da ordem do histórico a ponta aparente de maquinações urdidas em segredo. Conspiradores que foram agraciados com a prerrogativa do protagonismo, e adotados por um gênero literário que os enobrece: o das memórias e depoimentos, espécie brasileira de "lavagem de biografia".
Em outra chave, os acontecimentos de 1964 podem ser percebidos sem qualquer fatalidade, como resultantes do próprio ambiente político da primeira metade dos anos 60. Mas para o bem ou para o mal, a distância confere grandiosidade aos eventos.
- Sugestão: Assista on-line a série de 5 episódios: "Militares da Democracia: os militares que disseram NÃO", de Silvio Tendler - Sugestão Edgar Borges.
Os militares que deflagraram o movimento eram parte de uma coalizão com forte apoio civil, do centro até a extrema direita. Parte dessa frente era composta por conspiradores contumazes, inadaptados às instituições democráticas criadas com a República de 1946 - "populista", segundo jargão paulista - Suas impressões digitais estão visíveis na crise que levou o presidente Getúlio Vargas ao suicídio, em Agosto de 1954, na tentativa de impedir a posse de Juscelino, em 1955, nos levantes de Aragarças e Jacareacanga e no veto interposto em 1961 ao então vice-presidente João Goulart. Mas havia também uma legião de políticos e militares moderados, preocupados com o clima de radicalização política no país e com sinais de que o próprio Governo Goulart tinha vínculos pouco ortodoxos com a legalidade constitucional.
Descontada a linha dura - representada pelo então auto nomeado Ministro da Guerra e futuro presidente general Arthur da Costa e Silva - os líderes do movimento pretendiam mover-se nos limites do regime de 1946. Tome-se o exemplo de Carlos Lacerda, governador do Estado da Guanabara, um dos mais extremados opositores de Goulart, mas ele mesmo candidato à eleição presidencial de 1965. Para ele, no mínimo, o calendário eleitoral deveria ser mantido: grave miopia, posto que as diretas-já de 03 de Outubro de 1965 (eleições diretas que renovaram o governo de dez estados) foram supridas e Lacerda e Juscelino, os favoritos, acabaram cassados. Entre os principais protagonistas circulava a certeza - em parte pueril e em parte inautêntica - de que tratava-se de uma intervenção para "salvar a democracia".
Mas qualquer avaliação de eventos passados deve ultrapassar a análise das intenções. A pergunta, portanto, é a seguinte: O que o regime de 1964, capturado, e ele mesmo responsável, por uma espiral autoritária, proporcionou ao país? Qual foi a sua natureza? Duas características, creio, podem ser detectadas:
- O movimento de 1964 foi um movimento republicida.
- O experimento social dele decorrente foi marcado pela erosão da malha de proteção política da sociedade.
O caráter republicida pode ser atestado se lembramos da "República que a Revolução destruiu". O Brasil, em 1946, de modo efetivo "proclamou" a República. Explico: Em 1946 e 1964 vivemos nossa primeira experiência democrática desde 1500, com alguns de seus componentes básicos: eleitorado de massa, eleições regulares, sistema partidário competitivo, implantação de um sistema representativo consistente e pluralista, federalismo, diversidade política regional, etc.. O movimento de 1964, em poucos anos, elimina a principal característica e virtude da República de 1946: a da possibilidade da representação política de parte importante do país, em sua diversidade e complexidade. Isso se deu graças à extinção dos partidos dos regimes de 1946, à erradicação de parte importante da classe política, à drástica redução do peso do voto popular no sistema decisório e ao longo recesso da liberdade política imposto ao país.
O que se via e o que se vê atualmente, numa comparação superficial e não precisa ser muito observador para isso, é a combinação de uma sociedade submetida à modernização econômica, predação ambiental, dilaceração de identidades sociais, urbanização descontrolada, desconsideração completa de custos humanos e sociais, na busca dos chamados "interesses nacionais". Ou seja, trata-se do predomínio puro da esfera econômica sobre a vida social, sustentado em doses sensíveis de autoritarismo.
A política foi e está sendo posta à serviço de um Estado obcecado pela modernização econômica, sem que a sociedade, tivesse ou tenha à sua disposição quaisquer mecanismos de proteção, de expressão política sem interesse dos próprios políticos, portanto, sem representação política, numa perversa combinação: crescimento a qualquer custo com ausência da satisfação dos direitos básicos garantidos por uma democracia.
As bases doutrinárias da precedência da razão econômica sobre a democracia política datam dos anos 50. Não avançamos politicamente. Temos, portanto, um Estado constituído democraticamente de "fachada". Trata-se da linguagem dos "obstáculos políticos ao desenvolvimento". Uma superstição antidemocrática instituída em 1974 pelo economista Roberto Campos, ex-ministro do planejamento, em definição ao regime de 1964, como "autoritarismo consentido" (sic), caracterizado pela adesão "inconsciente ou subconsciente" da população a um padrão de maior "disciplina social", em detrimento da "exaltação democrática", levando o povo a se contentar com migalhas, os restos que o Estado oferece ao cidadão devida a sua irracionalidade política.
Parece que crescemos politicamente desde então? Tolinhos... Pagamos ao Estado para nos garantir os direitos constitucionais e por onde anda a garantia da educação, da saúde, da segurança... O legado que temos do regime de 1964 é o predomínio de um economicismo difuso e de uma desvalorização generalizada da política e das instituições - da família, principalmente - Afinal, passados tantos anos, a linguagem do imperativo da modernização econômica e dos obstáculos políticos e institucionais ao desenvolvimento está viva. O discurso continua o mesmo. Será que precisamos de um "governo" que não nos salva quando dele precisamos?
O regime de 1964 foi um experimento vitorioso para aqueles que hoje estão no poder e com suas superstições cuidadosamente mantidas para manipular os derrotados.
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"Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder." ? Luma espero que realmente o povo tenha aprendido alguma coisa e que estes governantes antes perseguidos e agora no "poder " lembrem-se do passado. Dizem que o povo brasileiro também não tem memória... A moeda sempre tem dois lados... Um dia nosso legado ficará na hístória, esperamos que os nossos sonhos de vermos um Brasil mais humano e sem tanta corrupção vença o medo... no mais que DEUS nos ajude nessa tarefa quase impossível. Boa noite.
ResponderExcluirLuma, já fui de esquerda e a decepção foi tão grande que hoje prefiro o meu centro. Nem direita e nem esquerda. Os políticos são iguais. Eles contam histórias apenas para contar voto. Sorrisos falsos, pegar criança no colo e ar migalhas para o povo. O imposto que pagamos, nem na Dinamarca se paga e lá o governo dá universidade para todos, sem esse lance de cotas. Tem educação para todos, saúde e tudo o mais.
ResponderExcluirÉ incrível que eles façam sempre igual, mas os ignorantes não reconhecem que a conversinha é a mesma! Se eu fosse mais nova, mudava desse Brasil que agora nos impõe. Está pior que na época dos militares. Pelo menos naquela época o Brasil tinha escola pública de qualidade e a produção cultural ia de vento em popa. Atualmente até os artistas estão desanimados, vivendo de tudo que eles produziram na época. Não estou defendendo a ditadura, sou contra qualquer imposição e por isso ando revoltada. Não temos médicos, os professores ganham mal, não temos escola, as famílias vivem drogadas com bebidas e o outras drogas, a violência cresce a cada dia. Vivo trancada em casa, não posso mais sair sozinha. Culpa do medo e da idade. Agora tenho o blog para distrair, mas não sei o que há, disseram que aparece uma mensagem dizendo que ele não é visível. Precisa de tempo para aparecer?
Menina, você escreve muito e eu não canso de repetir isso. Alguns pontos eu não enxergava. Tudo igual mesmo, que triste.
É bom saber da história do Brasil.
ResponderExcluirbeijinhos
Creio que infelizmente ainda vivemos em uma ditadura. O povo ainda é analfabeto politico. Estava lendo em alguns blogs que algumas pessoas queriam a volta do regime militar....afffff
ResponderExcluirQuerida Luma
ResponderExcluirA desvalorização da família não pode nem deve ser permitida. Ela é o baluarte de uma nação.
Desejo a todos os brasileiros uma grande visão na hora do voto e que os políticos que se candidatam, o façam a pensar no superior interesse de todo o povo.
Parabéns pela sua descrição minuciosa da história de um grande país, para que possa voltar ou continuar a sê-lo.
Uma boa semana.
Beijinhos
Beatriz
Luma, ao que parece neste excelente artigo é o que você enfatiza neste parágrafo, pois é isto exatamente o que vem ocorrendo nos dias atuais e que embaça os olhos do povo: "A política foi posta a serviço de um Estado obcecado pela modernização econômica ... crescimento a qualquer custo com a ausência da satisfação dos direitos básicos garantidos por uma democracia."
ResponderExcluirNaqueles tempos, os militares fizeram o mesmo com o povo, sequestraram, mataram ou exilaram mentes inteligentes que teriam dado ao país um crescimento que hoje seria de igual para com o resto do mundo, (vide o texto da Calu que fala da mente brilhante de Paulo Freire, por exemplo) e não somente buscar o crescimento através dos parâmetros da economia.
Houve, com isso, um grande gap na vida dos brasileiros e um atraso para o desenvolvimento desta democracia que hoje, alguns ainda lutam para não sucumbir aos desvarios de um governo incompetente e que despreza o conhecimento.
um grande abraço carioca
Luma,ás vezes me parece que o povo não tem personalidade. Vai na valsa! Infelizmente muita gente apoiou a ditadura nesse país,muitas famílias. O pior é que ainda ouço gente dizer que se os militares voltassem ao poder estaríamos bem melhores!...ai, dói de ouvir isso! Seu texto está perfeito,bem embasado e me esclareceu bastante em diversos fatos. bjs,
ResponderExcluirBoa tarde,
ResponderExcluirO que escreveu é o reflexo da instabilidade criada por interesses pessoais que nada tem com politica, sem políticos não existe democracia, esta leva anos até ser consolidada, em comparação aos anos 30, 40,50,60,70, 80 e 90, o Brasil de hoje está muito melhor na educação, justiça, saúde com uma economia crescente acima da maioria dos outros países.
Não é fácil acabar com a corrupção instalada à décadas a todos os níveis que marginalizou o povo para a periferia sem direito à sua dignidade.
Era impensável uns anos atrás vermos manifestação de protesto, em democracia temos o direito à contestação, hoje quase diariamente o povo manifesta as suas justas preocupações porque a frágil democracia vivida no Brasil já o permite.
Abraço
ag
Clap, clap, clap! Cara Luma, a última frase do teu post encerra e resume bem o que foi essa ditacuja... ops, digo, ditadura! Bjos, garota!
ResponderExcluirPalmas, Luma, muitas palmas para mais um excelente post!!
ResponderExcluirMe lembro perfeitamente de Carlos Lacerda falando contra os comunistas num programa da Radiotelevisão Portuguesa, única na altura e com emissºoes a branco e preto!
Abraço grande, amiga
Nefasta e cruel herança esta que se consolidou nos hipotéticos medos duma sociedade insuflada contra uma ameaça inexistente que serviu como bandeira para a consentida usurpação da democracia.O preço pago foi estratosférico e continua sem resgate visível, pois ainda enevoa muitas mentes e mascara fundamentos básicos duma vida cidadã.
ResponderExcluirPassou da hora de abandonarmos o espirito de cordeiros.
Excelente post, Luma.
Bjos,
Calu
Foi um tempo que não pode voltar , imagino que a lei da anistia não pode ser anulada.
ResponderExcluirnão podemos perder a democracia .
bjs
http://eueminhasplantinhas.blogspot.com.br/
Oi amiga,
ResponderExcluirNão sei qual o regime mais cruel: a ditadura ou falsa democracia.
No final quem sofre é a classe pobre
Obrigada pelo carinho
Lua Singular
Oi Luma,
ResponderExcluirQue texto ótimo, uma verdadeira aula de história!
Desse período conturbado cheio de prisões arbitrárias, censura, desrespeito a cultura, etc. Restou-nos um legado maléfico de corrupção e desigualdades, e muitos estragos sociais.
E tem gente que apoia a volta desse período de trevas...
Bjs.
Precisamos de mudanças...
ResponderExcluirTexto que traz grandes verdades...
Haja paz, justiça e AMOR trazendo um novo alicerce...
Beijos e Boa Noite!
Umn texto que mostra momentos dificeis do país. Infelizmente até hoje o Brasil não tomou um rumo adequado para dar ao povo, saúde educação, segurança,...enfim, paz.
ResponderExcluirBeijos.
Luma,
ResponderExcluirespero que esse tempo não volte mais, apesar que muita gente
vive na ditadura da miséria e analfabetismo.
O Brasil precisa de mais mudanças, o fim da ditadura militar foi
uma vitórias, mas precisam de mais e mais vitórias!
Parabéns pela postagem, belo texto!
Quanto a sua pergunta, tudo em excesso faz mal, se colocarmos
1l de azeite numa receita imagina o estrago, não vai ter banheiro
que aguente, kkkkkkkkk.
A Ana Furtado exagerou, rsrs.
Bjs, sucessos sempre ♥
Ao passar pela net encontrei seu blog, estive a ver e ler alguma postagens é um bom blog, daqueles que gostamos de visitar, e ficar mais um pouco.
ResponderExcluirEu também tenho um blog, Peregrino E servo, se desejar fazer uma visita.
Ficarei radiante se desejar fazer parte dos meus amigos virtuais, saiba que sempre retribuo seguido também o seu blog. Deixo os meus cumprimentos e saudações.
Sou António Batalha.
Ditadura é atraso e os resultados dela são inesquecíveis. Fico indignada quando ouço pessoas conhecidas e esclarecidas desejarem uma volta ao negro passado do Brasil. É certo que não há luz na fase atual, mas somos responsáveis pelas escolhas erradas que fazemos. E depende de nós qualquer mudança. De nada adiantará continuar a culpar os políticos se os mantivermos no poder. Bjs.
ResponderExcluirLuma:
ResponderExcluirNão li seu post, vim apenas responder seu comentário lá no meu blog.
Você soube colocar muito bem a questão do essencial e do acessório.
Hoje em dia as pessoas valorizam as aparências e se preocupam em ostentar.
Aí o que era pra ser um celebração do amor, se torna palco de vaidades exacerbadas.
E depois que o ritual acaba e a realidade se faz presente, a ilusão chega, se instala e se não houver amor e maturidade, a relação simplesmente se desfaz.
Bjs.:
Sil
P.S. Volto pra ler o post mais tarde, ok.
Minha comadre querida!
ResponderExcluirFoi com muito carinho que indiquei você ao "Desafio dos Poemas".
Espero que goste e aceite, tá?
Detalhes, aqui:
http://meudocelarbykarinfilgueira.blogspot.com.br/2014/04/e-para-cumprir-o-desafio-dos-poemas.html
Bjs!
Deus abençoe!
Também tivemos cá em Portugal décadas de ditadura, que terminou só em 1974, e fala-se muito pouco sobre isso, é incrível! Há inclusive quem viveu nesse tempo e acha que não aconteceu nada...
ResponderExcluirNo ano passado saiu este livro (http://agataborralheiraprecisadeamigas.blogspot.pt/2013/11/hoje-comeco-ler-este.html) sobre os tempos da ditadura, mas é dos poucos.
Beijos
Luma querida,
ResponderExcluirLi e reli atentamente o seu texto.
Não dá para comentar um texto dessa ordem e magnitude sem retroceder no tempo e ler a história.
Sobre a sugestão de filme do Silvio, confesso que já assisti, e assistirei sempre que a memória teimar em falhar, mesmo que como uma válvula de escape...
Aliás, tive o prazer de conviver com o Silvio por dois anos, aqui em Brasília. Eu, assessora do governador Cristovan Buarque (PT à época), e ele, como secretário de cultura do DF. Bons tempos.
Bem, parênteses à parte, em que pese a sua linguagem refinada e a forma de escrever mais elaborada que a minha, devo admitir que temos mais em comum ideologicamente, do que imaginamos.
Discordo apenas de parte dos dois últimos parágrafos. Não se pode generalizar tão amplamente.
Mas, aí, isso já é uma outra versão dos fatos relatados, e que não há como se discutir em algumas linhas.
Refletir, dá. rsrs
Beijo Luma.
Uau, Luma, só uma coisa a dizer: excelente, lúcida e bem embasada análise sobre a história recente e o momento atual do nosso país. Um texto denso, para reflexão. Parabéns. Você é a prova de que a comunidade blogueira resiste à invasão do facebook - este um local mais adequado para cultivar uma plantação de abobrinhas.
ResponderExcluirOi Luma! Belo. Belíssima reflexão. Acrescenta demais para mim. Amiga querida, por isso não posso estar no Facebook. Não consigo suportar visualizar fatos contados de maneira distorcida. Você faz uma análise do tipo que fica bom de ler. De forma a não subestimar a nossa inteligência.
ResponderExcluirAprendo tanto com você. Por aqui ( no cotidiano ) tenho um grupinho no trabalho onde falamos muito sobre política e é conversa boa, apesar das diferentes tendências.
Na Internet ( leia-se Facebook ) não consigo escrever/ler uma vírgula sobre o assunto sem ter qualquer tipo de aborrecimento.
Obrigada pelo texto!
Oi Luma, colocando hoje a leitura em dia rsrsrsrs.
ResponderExcluirPerfeita dissertação/reflexão do nosso cafofo sócio/político/econômico, a sensação que deu no fim da leitura é que voltamos a estaca zero! Hoje lendo sobre o rombo na Petrobrás, me sinto lesada, não pelo numerário $$$$$$$, é que nada acontece com os corruptos, famosos colarinhos brancos e costas quentes. Até hoje familiares dos desaparecidos na guerrilha do Araguaia percorrem esta região, atrás de corpos e respostas... É de cortar o coração, e p/ completar celebração/saudosismo da ditadura? Uma pergunta que não quer calar: Para onde estamos indo?...
Bjoooooooooo
Gostei imenso de saber desse período da vossa história. Por cá, comemoraremos , a 25 de abril, os 40 anos da revolução dos cravos, o final da ditadura...
ResponderExcluirContudo, também por cá se assiste ao que consubstancia a partir de:"O que se via e vê atualmente..." até ao final... Infelizmente...