Caminhos para a felicidade genuína

Com relação aos caminhos para a felicidade, devemos começar com os pés no chão. Enquanto consideramos a felicidade, tanto para nós mesmos quanto para as pessoas que nos cercam, a importância de primeiro ter as necessidades básicas realizadas em nossa vida - Se você não tem o que comer quando está com fome, não tem roupas, não tem um lugar para viver ou você está doente e não tem como conseguir remédios... é difícil de ser feliz (...) você encontra alguma felicidade, algum alívio do sofrimento, se você pelo menos satisfaz essas 4 necessidades básicas (...) Depois que você satisfaz todas essas necessidades, o que você faz depois?

As lacunas foram propositais...

Alan Wallace é um dos tradutores do Budismo Indo-Tibetano no ocidente, admirador dos conceitos da antiga Grécia e estudioso interdisciplinar da consciência, iniciou uma palestra proferida na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) que mostra o caminho para a renovação de alguns conceitos errados que adotamos na busca pela felicidade e sua visão de felicidade e saúde mental - sem encontro com a felicidade, a vida não tem sentido - Ele também acha que a felicidade só é conquistada depois que temos o básico para sobrevivermos, como expus no início do post.

Todos nós queremos a felicidade. Queremos ter menos frustrações, insatisfações, problemas do coração e na mente. Cada um de nós deseja paz, menos ansiedade e uma felicidade maior. De uma forma geral, muito de nós, na maior parte do tempo, estamos sempre olhando para fora pensando: "Alguém vai me fazer feliz", "Algum trabalho vai me fazer feliz", "Algum lugar vai me fazer feliz", "Alguma posse vai me fazer feliz". Mas na medida que amadurecemos, vemos que nada disso é verdade. Ninguém lá fora pode nos fazer felizes de verdade. Nenhuma aquisição, nenhum emprego... isso é óbvio. E quanto mais cuidadosamente olhamos, mais óbvio se torna. Se realmente queremos ser felizes, encontrar contentamento, liberação da ansiedade e assim por diante... realmente só há uma maneira. Você não tem que ser religioso, não tem que ser espiritual. Você tem que ser realista! Isso é reconhecer que a única forma de você encontrar satisfação, um maior sentido e felicidade na vida, é cultivando o seu próprio coração e mente.

Nós podemos perguntar antes de tudo: Será que há maneiras com as quais estamos nos comportando com o nosso corpo, com a nossa fala, mesmo com nossa mente, que estão prejudicando os outros desnecessariamente? Às vezes, crianças tem que ser disciplinadas. Elas não gostam, mas estamos fazendo isso para o seu bem. Então, às vezes é assim. Se estamos nós prejudicando alguém, de alguma forma que não está sendo útil, mas apenas prejudicando, onde queremos chegar? Quando nós reconhecemos que não vale a pena gastar nossas energias negativamente, percebemos que causar danos a outras pessoas, também causa sofrimento para nós mesmos. Sempre. Então a primeira resolução é: viver uma vida suave sem causar danos. Assim você não prejudica a você mesmo e não prejudica aos outros.

E então, se você quer realmente começar a cultivar as causas verdadeiras da felicidade, uma maior liberdade do sofrimento, da ansiedade, do medo, da aflição... É para isso que serve ter uma cabeça para pensar. A meditação pode ser o caminho para te ensinar a pensar. Em sânscrito, meditação vem do "bhavana", que significa cultivar, como um agricultor cultiva o campo. O agricultor não sai e pega alguma comida aqui e lá. Ele se dedica ao solo, ele lavra, fertiliza, irriga, planta as sementes, cuida, retira as ervas daninhas e, assim que a plantação foi cultivada, então faz a colheita.

Então, ao invés de sair por aí tentando achar alguma felicidade externa, nós a cultivamos com nossos próprios corações e mentes. A meditação é uma forma de fazer isso. Existem várias maneiras de pensar e para quem está começando, um tipo de meditação chamada Shamata é muito útil. Você precisa domar a fera que existe dentro de você e quer te destruir com pensamentos destrutivos. O essencial da meditação é que ela te ensina a relaxar o corpo mais profundamente, sem estresse, sem tensão e sem contração. Saber relaxar a respiração e respirar sem esforço. Oxigenar o cérebro e deixar a mente relaxada, varrendo todo o lixo que acumulamos durante o dia.

Primeiro de tudo, aprenda a relaxar. E então, gradualmente tente cultivar uma serenidade interna, uma quietude, uma presença, de forma que você não esteja apenas se distraindo, para não ficar inquieto, excitado, agitado, mas que tenha uma paz mental. Gradualmente, se baseando no relaxamento e estabilidade, podemos desenvolver clareza e vivacidade.

Portanto, através dessas três qualidades, da atenção plena sobre a respiração e outros métodos, nós podemos ter maior presença, maior paz mental quando também estamos nos relacionando com outras pessoas. Por que as nossas mentes, internamente estão esvaziadas e podemos nos relacionar com outras pessoas. Podemos focar nessas pessoas uma proximidade maior e não ficar apenas sendo pegos pelos nossos próprios pensamentos, esperanças, medos, mas realmente focar nas necessidades dos outros. Dessa forma, naturalmente, começamos a expandir nosso modo de pensar, a nossa mente e corações, para focar outras pessoas, outros seres sencientes e encontrarmos uma satisfação maior, por que o nosso universo também se expande.

Quando nossas mentes e corações se ampliam há maior paz e felicidade.

Compartilhe o Darma, ofereça o seu coração desejando que seja ouro. Isso é valioso se você acredita em seu valor. Abandone o apego e seja feliz!

Inspiração para o bem, vindas de Alan Wallace. Por que a gente não vive somente essa vida... melhor pensar assim e, um viva para o desapego!

Estou em um lugar lindo, entre o céu e a terra com direito a uma lua imensa brilhando!