Festa boa dura mais de um dia [update]

O título desta postagem chegou hoje acompanhado dessa orquídea enviada pelo meu amigo Luiz Ramos - o dia começou carinhosamente me mantendo no paraíso, até que pisei no terreno da labuta diária.

Dia Internacional da Tolerância, ainda soube pelo twitter. Pelo twitter também li a mensagem "Quem trama desventuras para os outros estende armadilhas a si mesmo" -- Esopo. Uma edição mais antiga do ditado "Tudo que bate, volta".

"Te desejo bem, te quero bem, nada de mal irá-lhe acontecer..." - Exercício diário de tolerância.

Para não perder o costume, fica a pergunta: Ninguém pode ficar no jardim do paraíso, por que será?

Antes que me responda, quero ponderar que o paraíso a que me refiro não tem conceito religioso e sim um estado harmonioso com ausência de conflitos.

Tenho pensado nessa pergunta. Um dos problemas da vida é que às vezes ela se mostra bem banal. Afinal, em um certo momento, todos percorremos a mesma estrada escura – e essa estrada apresenta a particularidade de ser a mais tenebrosa, a mais traiçoeira, exatamente quando parece ser a mais clara – e é verdade que ninguém permanece no jardim do paraíso.

Lógico que o meu jardim não será o mesmo que o seu, mas isso não faz muita diferença. Talvez a vida só proporcione a escolha de lembrar do jardim, ou esquecer-se dele. Isto, ou aquilo: é preciso energia para lembrar, é preciso outro tipo de energia para esquecer, sendo necessário um herói para fazer ambas as coisas.

As pessoas que se recordam estão cortejando a loucura por meio da dor - qualquer dor é perda, até mesmo a dor física significa perda de saúde - a dor da perda é perpetuamente recorrente da perda da inocência; as que esquecem cortejam outro tipo de loucura, a de negar a dor e o ódio à inocência. E o mundo se encontra, em sua maior parte, dividido entre loucos que se lembram e loucos que se esquecem. Os heróis são poucos.

Se as pessoas andam intolerantes, não tenho que pensar no que me tira do paraíso e sim no que me leva ao paraíso. Esse modo de pensar, tem me levado a enxergar o paraíso, sentir sua presença e atraí-lo para mim. As boas energias neutralizam qualquer energia negativa que queira chegar "Tudo que bate, volta". Tenho colhido alegrias porque anjos são colocados em meu caminho.

A Flaviane Koti não sabe que amanhã é meu aniversário e por obra do destino, recebi uma caixa cheia de mimos com uma cartinha.

Não reparem o embaçado da foto, pois eram assim que os meus olhos estavam; marejados de alegria.

Assim que abri a caixa, um perfume muito bom invadiu o ambiente... Sua energia chegou Tuca e um sorriso de orelha a orelha invadiu o meu rosto.

Como criança estou com tudo à minha volta, sem desgrudar e querendo saber o significado de tudo! As cores: Preto e cinza, azul e branco; as minhas cores preferidas!

O Kusudama (Bola de remédio), segundo explicações da Flaviane, era costume no Japão, durante a Era Helan (Sec. VII à XII), pendurar saquinhos contendo ervas medicinais, sobre a cabeceira das camas dos doentes. Servia também para afastar o mal e garantir a saúde das crianças. Com o tempo, passaram a ser ornamentados e perfumados com fragrâncias.

Atualmente é usado em comemorações, decoração de ambientes e presente à pessoas queridas em votos de saúde, proteção e felicidade. Os cristais simbolizam a energia que sai do Kusudama. Como a água que escorre por um fio, os cristais representam algumas dessas gotas que concentram e brilham com luz.

Os cordões abaixo servem para distribuir e espalhar a energia, para a pessoa ou ambiente.

Vieram também um oripad, um caderno artesanal com uma corujinha como marcador de página, além de uma outra corujinha que serve como porta lápis e prendedor de papel - Todos em orinuno (origami feito em tecido). Engraçado que ontem mesmo estava lendo sobre as boas energias das corujas, contrariando o que pensam os supersticiosos.

O Preto é a cor do poder, induz a sensação de elegância e sobriedade. Onde o que está fora não entra e o que está dentro não sai. Cor das pessoas que buscam proteção ou afastamento ao seu redor. O preto permite a autoanálise, a introspecção, pode significar também a dignidade e está associado ao mistério.

O Prata (cinza) é a cor associada à lua, ao mundo espiritual, ao nosso inconsciente e aos anjos.

O Azul representa a verdade, a segurança, a tranquilidade e a compreensão. Está associada ao planeta Júpiter que representa trabalho e prosperidade. Propicia saúde emocional e simboliza lealdade, confiança.

O Branco contém todas as cores e está relacionado a pureza, a paz, verdade, sinceridade, inocência, calma e ao poder transformador. Representa o amor Divino e está relacionado a Lua.

Você se interessou pelas belezuras da Flaviane? Vai no blogue dela que tem mais e se babou no meu presente - Limpe a baba, baby! E faça uma encomenda para você!

"Não se deve escolher o tema: é preciso deixar que o tema nos escolha. Não se deve escrever se essa obsessão não nos acossa, persegue e pressiona nas regiões mais misteriosas do ser. Às vezes, durante anos". Uma versão menos famosa de "Sem paixão não se chupa nem um ChicaBom" de Ernesto Sábato.

[UpDate] - Enquanto escrevia este post, a Celina Dutra deixou um comentário no post anterior:


Aceito sugestões do DVD! ;)

Ah, o paraíso... esqueceu?