Lá nos pampas vive um "Menino Campeiro"
A chuva sempre me faz lembrar da infância e da impaciência que sentia por ficar presa dentro de casa. Às vezes via pela janela barquinhos de papel e chinelos, passando pela enxurrada e logo pensava: "Tem criança brincando na chuva, na rua de cima" - e mamãe sempre nos distraía com os tais "Bolinhos de chuva". Chovia, tinha bolinho!
Em tempos de micro-ondas, tem quem faça bolos de canecas de todos os sabores possíveis.
Em tempos de micro-ondas, tem quem faça bolos de canecas de todos os sabores possíveis.
Tomara que o tempo,
girando... girando,
Meu mundo d’infância
fizesse voltar,
bordando os meus dias,
com o ouro das tardes,
com cantigas de roda
e canções de ninar.
Meu gado de osso
há muito perdido,
Talvez encontre
nos prados de outrora
E feliz, como sempre,
eu retorne criança
Em meu canto de aurora.
O lindo tordilho
com arreios de prata,
Cruzando caminhos
banhados de lua,
Que venha nas lendas
trazendo de volta
o meu pampa charrua.
Mas chega de sonhos
Porque o sonho mais lindo
Por si se desfaz.
Alguém já me disse
Que a roda do tempo
Não gira pra trás.
Mesmo assim, eu quero...
Eu quero o meu ontem
menino campeiro
que foi carretear,
perdeu-se no tempo
perdeu-se no asfalto,
perdido no asfalto,
não soube voltar.
(José Machado Leal)
O poema acima foi uma homenagem ao “guri de campanha” que reside em cada um de nós saídos dos meios rurais.
Fui lembrando da minha infância, quando ainda era um toquinho de gente e atravessava a rua correndo para ir passar a tarde na casa da minha tia, carregando uma maletinha cheia de fraldas. Já procurava independência.
- Afinal, o que é infância?
Segundo Vinícius de Moraes:
“A infância é uma gaveta fechada numa antiga cômoda de velhas magias”
- O que é ser criança?
Criança é ficar olhando o nada, imaginando, planejando, buscando significados em dicionários, inventando histórias, personagens em livros e mapas, traçando rotas, algumas tortas e outras mortas.
- Quantas viagens faria?
Queimaria miolos buscando soluções.
- O que ser quando crescer?
Poderia ser escritora, marinheira, engenheira ou veterinária, ser tanta coisa! E no mesmo instante dar de ombros, virar e cair no sono.
-Ah! E quando seu primeiro amor chegasse?
Muitos poemas já teria escrito, cartas extensas sem destinatários, com remetentes escondidos por pseudônimos.
- E quem era quando era criança?
Podia ser esquisita, arteira, avoada, atrapalhada, burra, esperta, podia ser tudo isso ou nada disso. Nunca entenderiam o que pensava. Tinha o meu mundo particular, secreto e perfeito.
Era feliz e livre!
- Qual foi o primeiro acontecimento que guardou na memória, lembra quantos anos tinha?
Essa, deixo para você responder!
Fui lembrando da minha infância, quando ainda era um toquinho de gente e atravessava a rua correndo para ir passar a tarde na casa da minha tia, carregando uma maletinha cheia de fraldas. Já procurava independência.
- Afinal, o que é infância?
Segundo Vinícius de Moraes:
“A infância é uma gaveta fechada numa antiga cômoda de velhas magias”
- O que é ser criança?
Criança é ficar olhando o nada, imaginando, planejando, buscando significados em dicionários, inventando histórias, personagens em livros e mapas, traçando rotas, algumas tortas e outras mortas.
- Quantas viagens faria?
Queimaria miolos buscando soluções.
- O que ser quando crescer?
Poderia ser escritora, marinheira, engenheira ou veterinária, ser tanta coisa! E no mesmo instante dar de ombros, virar e cair no sono.
-Ah! E quando seu primeiro amor chegasse?
Muitos poemas já teria escrito, cartas extensas sem destinatários, com remetentes escondidos por pseudônimos.
- E quem era quando era criança?
Podia ser esquisita, arteira, avoada, atrapalhada, burra, esperta, podia ser tudo isso ou nada disso. Nunca entenderiam o que pensava. Tinha o meu mundo particular, secreto e perfeito.
Era feliz e livre!
- Qual foi o primeiro acontecimento que guardou na memória, lembra quantos anos tinha?
Essa, deixo para você responder!
Tres ou quatro anos, 1985/6.
ResponderExcluir- Primeiros alardes sobre uma tal de AIDS...
- Na mesma época. O calendário que passaca de hora em hora na TVS
- Mãos mágicas
- Honey Honey
- Pingu
- Meu Atari 2600
Shisuii
Não lembro exatamente a época, mas com certeza não tinha mais que seis anos, na qual disse que o meu tio não era o meu pai e não podia me castigar (sendo que na hora que me ameaçou a me bater, corri para baixo da proteção da minha avó, mãe deste tio)...
ResponderExcluirDeve ser algo em torno de 1986.
Fique com Deus, menina Luma.
Um abraço.
Nem te conto! Ainda me lembro, como se fosse hoje. É, talvez, a memória mais viva que tenho da infância. Eu não andava, meus pés eram "virados" para trás (feito curupira), usava botas de ferro e lembro-me do prato no jardim, na grama, onde eu almoçava. De repente, surge uma galinha, rodeada de pintinhos e toma o prato. Quanto tento reavê-lo, levo a maior surra. E eu me lembro muito bem... Até hoje! (rsrs)
ResponderExcluirAbraços Luma!
Eu decididameeeente fui uma criança feliz!!!
ResponderExcluirNão lembro qual desses acontecimentos veio primeiro mas acho que minhas primeiras lembranças são:
1- com minha avó na praia enquanto meus pais trabalhavam
2- eu com meu vestido sentada de pernas cruzadas enfrente a loja de doces porque queria jujubas!
Beijos saltitantes
Boa semana
Olá Luma,
ResponderExcluirLembrei-me que semana passada, aqui no pampa, choveu muito e soprou o minuano.. então lembre-me da época de piá que quando chovia era sinônimo de "bolinho de chuva"
Abraço
Não lembro de um acontecimento específico no momento, mas adorava chuva, já que venho do sertão nordestino e lá a gente reza por chuva e fica feliz demais quando chove, com tanto que não chova para dar em enxentes. Adorava banho de chuva, mas nem sempre era autorizada, já que ficava doente algumas vezes, e nem sempre tinha coragem, porque por lá quando chove sai de baixo de tantos relâmpagos e trovões.
ResponderExcluirLembro que lia muito e via muita tv, adorava Sítio do Pica-pau amarelo, pena que a tv perdeu ainda mais a qualidade.
Beijo
Nossa amiga... bolinho de chuva, na minha infância também era assim.... chovia tinha bolinho de chuva que minha vó fazia com tanto carinho...
ResponderExcluirE lembrando dela, sempre que perguntavm a ela o que criança pensava, ela dizia:
-Pensa que nó somos empregados delas...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Beijo no coração
Vixii! Primeiro agradeço a maneira encantadora de despertar a guriazinha dentro de mim! Lembrança? AÍ, UÍ! memória, vem cá,vem!
ResponderExcluirOi Luma lembro de tanta coisa, da mina tia avo costurando na maquininha de pedal, do bolinho de chuva de minha madrinha, de brincar na chuva.
ResponderExcluirEu acredito em anjo da guarda sim e o meu é muito atarefado hihihihi. Obrigado por todas as suas visitas. um Beijo e bom dia.
Pois é Tia Luma... (*Rs) São tantos!
ResponderExcluirMas no mundo não tão, tão distante daqui... lembro que, quando eu tinha 4 anos, minha irmã passou de ano e eu não. Daí, eu queria porque queria ficar na sala de aula dela. Foi um sufoco para entender e meu Pai explicar que eu não podia. Nós eramos muito apegadas.
"Meu pai"... tenho saudades dele. =`(
Beijos.
.::.Susy.::.
Luma, choquei com o histórico do Stallone. Muito pior do que eu pudesse imaginar. E quanto aos ex-patriados, o que não entendo, é por quê quando tem uma guerra, terremoto eles acham que o Brasil que tem que arcar com a vinda deles se eles optaram por morar em outro lugar? E quando morre então? Acho um absurdo as famílias querendo que o governo pague a exumação. Eu acho que sou radical demais nesse quesito, então, até evito dar opinião. Mas pronto, falei!
ResponderExcluir/(,")\\
./_\\. Beijossssssssss
_| |_................
ai ai..bolinho de chuva. o da minha mãe é delicioso, e ela deixa um pouco cru por dentro e a gente fala q é recheio...até hj qdo chove, ela faz. só q as vezes, e nao sempre mais. sabe como é, né? fritura, gordura....
ResponderExcluirdo q eu lembro? tantas coisas...
algumas novelas, brincar na lama com meus irmãos, pegar onda de body board em CF, brincadeiras na rua...
/(,")\\
./_\\. Beijossssssssss
_| |_................
Que interessante o teu post, fez-me pensar na minha infância. Eu adorava chuva, porque tinha um grande casação e galochas (não sei se aí se diz assim) então adorava chafurdar na água! rsrsrsr
ResponderExcluirBj,
Manú
Tem coisa que me lembro que minhas irmãs ficam espantadas, pois segundo elas eu era bem pequenininha. Uma delas, é eu aprendendo a falar e chamando meu pai de Tonho...rsrs beijos
ResponderExcluirAcho que eu tinha uns 3 anos, lembro de brincar com panelas.
ResponderExcluirDias de chuva a mãe não deixava a gente brincar na rua :(
também ficava olhando os barquinhos de papel,rsrsrs
Beijos
Miracema, Tocantins, 1989.
ResponderExcluirPrecisava ser levado para outro lugar para que minha mãe pudesse ir trabalhar na escola [cozinheira]. Mas a criança aqui saia correndo e pendurava-se no portão, balançando-o em meio a choradeira típica da idade. Disso em diante, muita coisa pra se manter e de se esquecer :)... é, vida!
Chuva pra mim é sinonima para duas coisas: escrever e Legião Urbana, em especial "Vento no Litoral". Mas é impossivel também não lembrar dos tempos em que não "fazer nada era fazer tudo"...
Ah, as 27 dicas não servem só pra blogagem, mas pra comunicação escrita em geral. Seu blog é um ponto fora da curva, pois possui textos longos numa formatação curta [ocupando praticamente o mesmo espaço visível dos gadgets] e ainda assim fica 70% agradável de ler! A dica 22 é a mais preciosa e, não por coincidencia, a menos utilizada... beijão!
Sempre lembro de uma viagem que fiz, com 4 ou 5 anos, com minha avó e a viagem teve que ser extendida pois choveu tanto que a enchente tomou conta de tudo e não conseguíamos sair da cidade que visitávamos em direção a nossa.
ResponderExcluirFoi uma aventura e tanto...
Faltou-nos a "arca".
Stanislaw Ponte Preta já dizia: "Pobre daquele que não guardou consigo um pouco da infância".
ResponderExcluirQuerida Luma: belo post, emocionante!
Estou de volta a blogosfera com um novo blog/site - eis aqui meu ATESTADO DE ÓRBITA:
http://www.carito.art.br
Beijos!
Carito
Luma querida, meu note está no conserto, mas não podia deixar passar a hora e deixar minha homenagem para o INTER. Por sorte o filho está aqui hoje.
ResponderExcluirMuitas horas da infância voltaram agora e me emocionaram. Lembro de brincar com barquinhos de papel na rua e numa área que tinha em volta da minha casa nos dias de chuva. Até hoje, quando eu pego um papel qualquer, uma nota de compra, uma propaganda, eu faço um barquinho. Coisas que ficaram da infância. Meu marido faz aviãozinho.
Bjim, cosquirídia.
Bjs e fik com Deus.
ResponderExcluirlindo poema, lindas lembranças da infância feliz.
ResponderExcluiradorei tua visita. Volte sempre!
Bjks
Edna
Minha amiga,
ResponderExcluirPrimeiro agradeço seu carinho no EternosPrazeres, é sempre bom te receber lá!
Um acontecimento importante na minha infancia, infelizmente não foi nada feliz, mas foi o mais marcante!
Felizmente depois desse vieram outros, e muitos outros,que valeram à pena ser guardados na memória!
Belo post, lindo poema!
Um abraço,
Rê
Nossa amei esse post!!
ResponderExcluirLembrei de tanta coisa da minha infancia..mas de cara eu lembrei que com 3 anos eu tive que operar apendicite aguda e logo depois peguei uma pneumonia. Fiquei um bom tempo sendo paparicada. Tirando isso minha infancia foi ótima com direito a varios banhos de chuva.
Beijos na alma
Até por isso, por tantas boas lembranças da infância que nossa vida está dando uma grande guinada.
ResponderExcluirPassando pela net com pressa, mas volto logo.
Os problemas maiortes, que são de saúde, começam a voltar à vida normal.
Preciso aproveitar cada minuto que a vida ainda nos reserva, para estar ao lado dos meus.
Ainda vou contar tudinho.
Beijos minha linda.
Tenho um grande carinho por vc. Sabe disso né?
Oi Luma!
ResponderExcluirContinuo pela blogosfera com menos frequência, é verdade.
Vi seu comentario na Célia (Esperanca e amor) e vim aqui te ver.Confesso q fazia tempos q nao vinha por aqui mas agora encontrei o caminho de novo..rsrs...voltarei ;)
Abra§os
Lembro de estar deitada no berço, com minha mãe, avó e bisavó falando no quarto. Não sei quantos anos tinha, creio que menos de 3. E lembro de fingir que eu dormia... rs. (parece que minha insônia remonta de muito tempo atrás... rs). Tb me lembro de coisas em que eu tinha cerca de 3 anos, como cantar no jardim de infância; pintar com hidrocores coloridos em forma de pino de boliche, enqt passava o jornal da tarde e minha mãe saía pra trabalhar (o que sempre me dava vontade de chorar). Também lembro de subir na cadeira que um dia tinha sido do meu bisavô. Lembro da minha vó contando história e cantando pra eu dormir... Lembranças doces que parece fragmentos de sonhos... É bom lembrar...
ResponderExcluirBjs.
Esse bolinho de chuva deixou-me curiosa.
ResponderExcluirLembro tb qdo chovia e eu era pequena, era que saiamos na rua pra tomar banho. Que coisa maravilhosa. Tempo bom aquele. Bjoka
Oi Luma! Puxa, minha infância tinha cheiro de mar e folhas de árvores... Quando sentia o cheiro da chuva, colocava o biquini e descia para o pátio (eu morava em edifício) e ficava tomando banho (e nunca me resfriei assim). Minha infância teve gosto de pão de queijo recheado com requeijão, sorvete "Sem Nome" e risadas sentada na escada de entrada do edifício. Obrigada pela pausa na correria que seu post me proporcionou! Ah! E foi uma delícia recebê-la no Rumo, volte sempre que quiser! Um beijo, Deia
ResponderExcluirFizestes bonito aqui!
ResponderExcluirSim. Lembro de , dando as mãos a pai e mãe, descer a ladeira da casa da avó , em outra cidade, e toda hora olhando prá trás prá mandar beijinho pros avós, tios, tias.
E isso ficou tão forte em mim, que quando ouço a música do M.Nascimento que diz " tios na varanda, jipe na estrada e o coração só" _ os olhos marejam.
Aplausos!
ResponderExcluirlembro-me da minha colecao de Barbie, da minha casa de bonecas, meus avos, primos todos da mesma idade...foi tao completa, tao feliz!
Obrigada por trazer esses momentos de volta...
Bj no coracao!
Luma, eu nao lembro de muita coisa da minha infancia... já meu marido, lembra de tudo. Tem memória boa. O pouco que lembro nem sei se lembro mesmo ou se apenas sei das pessoas contarem.
ResponderExcluirQuero que minha filha lembre de tudo, como o pai, e procuro sempre criar boas memórias para ela.
Bjs!
Devia ter uns quatro anos. Minha mãe levou-me a casa de meu avô. Quando cheguei notei que tudo na casa era enorme, desde portas e armários a objetos e tive a sensação que eu estava encolhendo.
ResponderExcluirHoje sei que tive esta sensação porque a casa dele era muito antiga, daquelas em que as portas são gigantes e os móveis também.
Beijos!
Ah, Luminha... Post saudosista... Não sei se já reparou, mas eu tenho um certo fraco por assustos saudosistas (ré, ré, ré...)
ResponderExcluirMinha lembrança mais antiga? Deixa ver... Lembro de uma festa de aniversário minha, talvez de quatro anos. Minha mãe cortou o bolo e perguntou: "para quem você quer dar o primeiro pedaço?", crente que eu daria para ela. E eu dei para um amiguinho, o Toninho. Minha mãe ficou inconformada... Até hoje ela joga na minha cara essa história.
Doces lembranças, Luminha.
Bom final de semana pra você.
Carpe diem. Aproveite o dia e a vida.
Luma:
ResponderExcluirQuando chovia a coisa que eu mais gostava era ir para o terreiro com um gurda-chuva ou sombrinha e ficar vendo a terra ser capinada...
Imagem antiga...
Não gostava de quando chovia, era sinal de pouca brincaddeira e um olhar perdido, na chuva que caia...
Beijos.
Anny.
A infância e suas lembranças. Agora até me deu vontade de sentar na cozinha ao lado da nona e esperar pelos bolinhos mágicos cheios de açúcar. rs
ResponderExcluirBacio carissima
Ps. Acho que estamos abraçando saudades, não??? rs