O Bonde de Chuchu

Pacman, bom pra chuchu

Quarta-feira passada, dia 28, foi divulgado um levantamento feito pela empresa de tecnologia Cisco em parceria com a consultoria IDC Brasil sobre o avanço de banda larga no Brasil. O resultado deste estudo é público e está em conjunção com o desenvolvimento de estratégias focadas com os provedores de serviço e o governo federal. Este estudo é feito a cada três meses e mede a evolução do número de conexões e desenvolvimento de banda larga no mercado brasileiro. Bateu recorde, subiu nada menos do que 40,1% de 2005 para 2006. Deste número 60,7% de todo o Brasil corresponde a região sudeste e 39,3% somente do Estado de São Paulo somente nos acessos de banda larga.

Isto ocorreu porque existe uma concorrência entre as operadoras de tv a cabo e operadoras telefonia em ofertar banda larga com maior velocidade e na expansão da base de assinantes. Com todo esse avanço, apenas 3% dos lares brasileiros foram agraciados, um número baixo.

Daí vejo Lullinha exposto no mundo geek, posando ao lado de seu conselheiro para serviço 'aleatório' especial Cesar Alvarez. Nas mãos um PC Classmate da Intel. O projeto é ambicioso, mas vejam os comentários da página, é de envergonhar!
No caso do Classmate, o presidente da Intel do Brasil, Oscar Clarke, doará 800 laptops para o Ministério da Educação e este distruibuirá a prenda para ser testado em escolas públicas de Piraí, no Estado do Rio de Janeiro e Palmas, em Tocantins.
Outros Laptopzinhos concorrem para serem distribuídos entre os estudantes do Brasil varonil. Mas não pense que isso sairá de graça. Eles terão à princípio um preço baixo. Outras plataformas também estarão sendo testadas, o XO da OLPC e o Mobilis, um tablet PC da Encore. Todos eles usando plataforma de software livre.

Sobre o Software livre no Brasil, é interessante ler o artigo no br-Linux entitulado Fama do apoio ao software livre por parte do governo brasileiro pode ser uma bolha prestes a estourar? Nele é citado o artigo publicado pela linux.com: Brazil's FOSS utopia image at risk, onde é descritas as diferenças entre a imagem de "paraíso do software livre" que o governo Brasileiro tem hoje no exterior, e os recentes acontecimentos e relatos.

Dica de leitura: Computador de baixo custo "emperra" no varejo

Voltando ao assunto banda larga...

O presidente da Cisco do Brasil, Pedro Ripper, lamentou a ausência da banda larga como infra-estrutura crucial para o desenvolvimento do Brasil no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, anunciado pelo Governo Lula.

"Entendemos que a banda larga, juntamente com o foco em educação, é uma das bases de uma economia centrada no conhecimento, que alimenta o desenvolvimento e estimula melhorias em diversos setores da economia no Brasil. Muitos países ao redor do mundo, como o Chile, têm colocado banda larga entre suas principais prioridades"

"A partir de agora, considerando a forte correlação entre preço e demanda por serviços banda larga, serão necessários novos mecanismos para redução dos preços, incluindo benefícios fiscais, a exemplo do que o governo federal fez em relação à compra de computadores, e uma regulamentação focada para incentivar a universalização do serviço de banda larga e a utilização de novas tecnologias de acesso, tais como redes Wireless Mesh. Se isso acontecer, poderemos manter o mesmo ritmo acelerado de crescimento para os próximos anos"

O Ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse que entende as razões expostas pelo presidente da Cisco, durante o lançamento do PAC, dizendo que ele próprio fez "a mesma leitura errada". Entende?

Será que o Ministro é atrapalhado? Como assim a leitura errada. Não fomos nós que lemos, foi o presidente da Cisco. O PAC não foi explícito sobre o que pensa o governo, com com relação à aceleração dos projetos de infra-estrutura que envolvem setores de telecom e informática. Porém já está no Congresso Nacional a proposta que alavanca os setorres de semicondutores de TV digital e a Lei 8666, que altera os processos de compras governamentais.

Mas quando você se atrapalha, tenta consertar! E logo depois ministro Hélio Costa e o deputado Julio Semeghini, entenderam as declarações do presidente da Cisco "como uma forma de o setor alertar ao Governo para a necessidade de começar a implementar uma política pública de banda larga no Brasil" Ah bom...

O Ministro das Comunicações, Hélio Costa, informou ainda que pretende procurar o presidente da Cisco, Pedro Ripper - companhia considerada parceira do Governo - para apresentar as propostas do Governo em relação à políticas públicas para se fomentar a ampliação de conexões banda larga no país.

Há quem diga que o ministro Hélio Costa é um extra-vagante!

Não percam o próximo bonde!

Beijus