Descentralizei
Hoje quando passei pelo blog do Junior, meu dia praticamente acabou! Lá vi um videozinho, que mexeu com o meu equilíbrio.
De noite, quando cheguei em casa, abri o bloguinho e li os comentários, fiquei triste em saber da tristeza de um amigo. Sim, sou altamente influenciável.
Depois li as notícias on-line e embarquei em um jornal de Israel. Terrível o terrorismo on-line. Torpediaram a minha máquina com vírus e mais vírus. Entravam em janelas pop-ups, difíceis de conter. Quanto mais rápido eu tentava fechar, mais rápido instalavam-se os vírus. Desliguei o computador. Liguei novamente e sem entrar no navegador, deletei todos os arquivos temporários.
Passei o anti-vírus e resultado: 23 vírus.
Desisti de acessar qualquer coisa do Oriente. A página de jornal é a mais conhecida no Estado de Israel. Se alguém quiser o link, eu passo! O vírus é fraquinho, fraquinho, é só pra evitar o acesso às informações! (rs*)
Resolvi seguir a minha rotina bloguística e fui ler o que havia escrevido à um ano atrás. Sempre faço isso. Achei graça, porque parece que foi escrito hoje.
- Não conheceu o mundo sem Aids;
- Jamais comprou um long-play, só compact disc;(né, Biajoni!)
- Nunca viu Pelé jogando;
- Não sabe o significado da expressão "Virar o disco" (quer dizer, "mudar de assunto");
- Considera a Guerra do Vietnã tão antigo quanto a II Guerra mundial;
- Já conheceu Michael Jackson branco;
- Nasceu comendo McDonald's;
- Dificilmente viu uma televisão em preto e branco;
- Sabe o que é TV a cabo sem que ninguém precise explicar como funciona;
- Sempre teve videocassete e/ou Digital Video Disc;
- Sempre usou controle remoto;
- Não entende como se podia viver sem o forno de microondas;
- Conhece o Jô Soares mais como entrevistador do que como comediante;
- Sempre comprou computador sem "reserva de mercado" (expressão que não faz sentido algum hoje em dia);
- Nunca temeu a Guerra Nuclear (Day After é uma pílula anticoncepcional, não um filme);
- Acha ridículos os efeitos especiais de Guerra nas Estrelas;
- Anda de carro importado sem que isso seja artigo de luxo;
- Apenas ouviu falar (quando ouviu) da Guerra do Araguaia, do sequestro de embaixadores estrangeiros, do AI-5....
- Tudo mudou e há uma geração muito grande entre essa geração e as anteriores. Quem está hoje entrando na fase de prestar vestibular, apenas leu sobre a Queda do Muro de Berlim, o sumiço da União Soviética ou sobre o impeachment de Collor.
- Há dois Brasis a separar um jovem de seu país. Um é esse país listado acima, outro praticamente desconhecidos por pessoas mais novas.
- Naquela época os jovens viviam uma ditadura política e na esfera familiar, do comando excessivamente autoritário dos pais. A mulher adulta estava começando a entrar no mercado de trabalho e o Brasil cansado de ser chamado "País do futuro" (né, Yvonne!) e montou um projeto autônomo para sair do terceio mundo. Tentava produzir tudo em casa. Funcionava sob comando militar que punha dinheiro público em projetos industriais, aumentava o tamanho de empresas estatais e dava subsídios para empresários brasileiros.
- No campo da informática, tinham que se contentar com máquinas tão brasileiras quanto goiabada cascão. Por meio de um programa militar secreto, o Brasil tentou produzir a bomba atômica. Queria ser uma potência, no grito! Como se sabe, não deu certo!
- Desse período, ficaram boas marcas. Foi nessa época que se espalharam gigantescas hidoelétricas pelo Brasil. Revolucionou-se a telefonia. Chegou um momento que o Estado não tinha mais recursos para bancar o grande sonho.
- Hoje vivemos um modelo de país totalmente diverso: Aberto, global, privatizado e cheio de desafios pela frente. O mundo está mais complexo. Os riscos são maiores e as oportunidades também. Alguns lutam e outros aceitam com resignação que decidam por eles.
- O regime militar alimentou organizações de esquerda que resolveram pegar em armas contra a ditadura, numa reprodução tropicalizada e romântica dos conflitos entre americanos e soviéticos.
- A esquerda também mudou...Robin Wood virou lobo mau.
- Naquela época até os festivais de música brasileira se contaminaram com o espírito de Guerra Fria, na batalha sem tréguas entre "puristas" e "americanizados". Bradava Caetano Veloso, vestido de hippie, a uma platéia de esquerdistas que exigiam letras politicamente engajadas.
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