Cozinha experimental

cozinha experimentalSempre na desconfiança desses cardápios de restaurantes moderninhos e contemporâneos, que oferecem pratos ao molho de ervas, mas, na inocência, nunca se havia imaginado que ervas eram essas. E não é que um cozinheiro de um hotel na região de Granada, no sul da Espanha, colocou maconha em uma sopa que havia preparado para os funcionários do estabelecimento? O chef queria "fazer uma brincadeira" com seus companheiros e acabou intoxicando uma pessoa.

Depois de tomar o caldinho "batizado", uma das empregadas sofreu enjôos, calafrios e empalidecimento. O barato saiu caro para a pobre mulher. Ela foi levada ao hospital Virgem de las Nieves de Granada, onde foi diagnosticada uma intoxicação por tetrahidrocanabinol (THC), um dos compostos da maconha. O cozinheiro chegado em uma fumaça foi detido e aguarda julgamento em liberdade.

O Museu de História Natural de Viena decidiu comemorar a abertura de uma nova sala de entomologia, de uma forma apenas possível para os paladares mais ousados. Ofereceram aos seus visitantes comidas leves que incluem gafanhotos e bichos-da-seda fritos. A sala reformada, oferece um novo sistema de iluminação e dioramas tridimensionais do habitat dos insetos mais raros, como por exemplo; o escaravelho cervo.

A instalação tentará lançar luz sobre um mundo tão complexo como o que agrupa mais de um milhão de insetos conhecidos no mundo, e identificar as bases de sua evolução. Apesar de todos estes cuidados, o que chamou mais a atenção de todos os visitantes foram os crocantes gafanhotos fritos, oferecidos gratuitamente.

Quando sonharem com uns belos camarões-tigre grelhados e não os poderem pagar...olhem, lembrem-se que uns gafanhotos sempre ficam mais em conta.

Comer a culinária local faz parte do programa de qualquer viagem. Ajuda a conhecer a cultura. Pizza. Vatapá. Hambúrguer. Larvas. Epa. Larvas? Sim...

Há nas ruas da capital tailandesa, Bancoc, carrinhos que vendem petiscos exóticos ao olhos ocidentais. Formigas, baratas, larvas, gafanhotos. Exóticos, mas uma vez que você está lá não custa nada prová-los, certo? Principalmente, é claro, se você tiver estomago forte. Bem forte.

A primeira coisa a fazer é comprar um saquinho da iguaria que parecer menos feia ao seus olhos. Uma bela porção de formigas, por exemplo, custa apenas 20 bahts (cerca de R$ 5, um pouco mais caro que um remédio contra azia e má digestão).

Quando tiver o petisco em mãos, procure um lugar para se sentar. Um barzinho, de preferência, aí você acomoda-se e pede um acompanhamento etílico. Ao pedir a bebida, lembre-se de que este é um programa cultural e algo da casa seria perfeito.

No caso de Bancoc uma cerveja tailandesa seria o ideal. Se a cerveja vier com acompanhamento, ótimo. Se o acompanhamento não tiver cara de quem esteve arrastando-se no jardim poucas horas antes, então, melhor ainda.

A cerveja chegou. Com amendoins. Tome um gole para comemorar. Retire um punhadinho de formigas do saco e coloque-os na boca imediatamente, sem olhar. Caso cometa o erro de ficar olhando o que você vai comer, dançou. Vai acabar devolvendo para o saquinho, inevitavelmente. Aconteceu contigo? Sem problemas, tome mais um gole da cerveja.

Respire fundo e pegue mais algumas formiguinhas. Não as apalpe - elas certamente estão mortas, por mais que você duvide, e isto vai acabar fazendo com que as devolva ao pacote. Xi, ficou apalpando e as escondeu no pacote com cara de pânico? OK, mais um gole de cerveja. Ela é sua amiga e está aí para isso.
Se sentir que está enrolando demais para começar a degustação, pegue um pouco de formiga e misture no amendoim. Este ato disfarça o aspecto do petisco a ser provado e deixará um pouco de gosto de formiga na ponta dos seus dedos. Prove. Viu? É salgadinho. Agora, mais um golinho de cerveja cairia bem.

Quando o garçom passar, aproveite para perguntar se há algum banheiro por perto. Sei lá, talvez você precise. Depois da resposta do garçom, qualquer que seja ela, mais uns golinhos de cerveja.

Reparou que você está sentindo calor? É, Bancoc é quente. Mude de mesa para alguma mais próxima do ventilador e aproveite para tentar deixar cair uma ou duas formigas. Droga, não caiu nada? Tudo bem. Termine a cerveja e peça outra. Não faça nenhum movimento brusco até a próxima chegar.

Está tudo pronto? Então tome mais um gole da cerveja nova, respire fundo, feche os olhos, coloque um bom bocado de formigas na mão e... Mastigue o mais rápido que puder. É crocante, viu? Quando você apalpou, parecia macia, mas é crocante e salgadinha, o que te faz lembrar da cerveja. Abra os olhos e beba dois copos seguidos sem culpa.

Agora encoste o corpo na cadeira e relaxe. Isso... Mas tem alguma coisa incomodando, não? Sim, ficaram muitos pedacinhos de formiga na sua boca. É natural. Você pode tentar removê-los com a língua ou tomar mais um copo. Aconselho a segunda opção.

Agora, olhe para o saco de formigas. Você não comeu nem um terço dele. Você gastou 20 baths, certo? Então, peça a terceira garrafa e respire fundo.

Quando você menos espera, perceberá que o saco já acabou. Fantástico, não? E não doeu nada. Por enquanto, claro. Mas você se saiu bem, estou orgulhosa. Peça a saideira e sinta o prazer de beber com o dever cumprido. E, se quiser um aperitivo para acompanhar, lembre-se: o saquinho de baratas também custa só 20 bahts

Um tempo atrás, o Ministério da Saúde do Camboja advertiu: excremento de vaca não faz bem à saúde. Dezenas de pessoas se deslocaram nos últimos dias até uma fazenda na província de Kampot em busca do cocô de uma vaca com supostos "poderes mágicos", um santo remédio segundo o dono da mimosa, Kim Chan.

Diante do repentino sucesso do esterco milagreiro, as autoridades se apressaram para alertar a população. De acordo com o secretário de Estado para Cultura e Religião, Min Khin, a vaca não possui propriedades mágicas e que o suposto poder de cura de seus excrementos poderia ter sido difundido por taxistas interessados em levar pessoas a essa zona remota.

"Esta é uma história propagada por um grupo de taxistas que quer ganhar dinheiro levando pessoas a um lugar ao qual normalmente elas não iriam", explicou Khin. Ele disse que "o Ministério enviará em breve seus emissários para investigar a situação e inspecionar a vaca".

Um assunto tão delicado merece a análise embasada e criteriosa de especialistas. Usar esterco de vaca como remédio "é uma m...".

E quando estiverem lá comendo, às altas horas, pratos suculentos e apetitosos, lembrem-se desse postezito. É o Luz de Luma prestando serviço psicológico a compulsão alimentar.

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