Uma carta para mim
Luma, você ouviu ontem a Dª Rosa fazendo citações? Ela disse: "Do nascimento aos 18 anos, uma garota precisa de bons pais; dos 18 aos 35, precisa de uma boa aparência; dos 35 aos 55, de uma boa personalidade; dos 55 em diante, precisa de dinheiro"
Não sei de quem é a citação acima e não sei porque obedecemos tantas regras (eu ainda preciso dos meus pais, dos meus irmãos, amigos...), mas sei que a Dª Rosa, com os seus 63 anos, possui certa sabedoria. Respeito! Viu que não retruquei, apenas me resignei. Algumas regras assim, pode, se a pessoa for intransigente, dar pano para muita conversa. Não estou dizendo que a citação está errada, mas também não está de todo correta.
Na verdade, não vou fazer tempestade em copo d'água, a citação acima é a melhor das circunstâncias e vou dizer que, não é nada! Mas quando algo me tira do sério (lógico que não contei porque a Dª Rosa fez tal citação) relembro o texto "Menefregue, minha amiga"
Na vida, pode-se dizer que tudo é cumulativo. Assim, se não vencermos uma etapa, podemos até passar para outra, mas ficaremos 'travados' nesta primeira etapa e tudo será mais custoso na próxima etapa - trabalho dobrado de duas etapas em uma. Já ouvi algumas pessoas dizendo, "Quero recompensar meu filho, lhe dar muitas alegrias, ser bom pai, porque não tive isso" ou então "Dou para o meu filho, tudo aquilo que eu não tive" - enfim, se você não teve bons pais ou não teve pais na infância, terá uma sobrecarga de cobranças em querer ser um bom pai ou mãe. Se você não tem boa aparência, tenta compensar com outras qualidades, principalmente sendo mais "amável". Personalidade e dinheiro? hum... Faltou dizer que existem pessoas sortudas e comprando personalidade!
Álias, eu tenho dúvidas se a palavra "Menefregar" é verbo e lembro da primeira vez que a li. Também lembro do meu caderno de "Recordações" e do autor do texto, que com a caneta em punho, escreveu. Eu nunca mais vi esse meu amigo. A última vez que tive notícias, me disseram que havia virado monge - Por onde andará o Gustavo? Será que se colocar o texto dele no bloguinho, ele aparece? Vamos testar:
"Menefregue, minha amiga! Menefregue e tudo se ajeita. Inclusive aquilo que não tem jeito. Amigos? Ih, às vezes dão muito trabalho. Pais? Conseguem ser, em certos momentos, tão difíceis quanto os filhos. Compromissos? Adoram nos chatear. Para tudo isto e muito mais, só há uma solução: Dar de ombros e menefregar.
É preciso não levar à sério os problemas, principalmente os graves. Mas menefregar é uma arte sutil. Para quem vê de fora, parece ambígua e contraditória. É preciso menefregar sem transparecer que se o faz.
Quando é o caso, fecha-se a cara, bate-se na mesa, chama-se às falas. Por dentro é que se menefrega. Nada importa, mas é preciso fingir que algumas coisas importam. A seriedade é uma necessidade social. O menefreguismo é uma questão de foro íntimo. Afinal, não podemos deixar a felicidade à mercê das circunstâncias. Sempre hão de nos tentar aporrinhar, tanto os que nos detestam (porque nos detestam) quanto igualmente os que nos amam (apesar de nos amarem).
Problemas sempre o teremos. O que é preciso é não nos importarmos com eles. Afinal, se o planeta consegue continuar girando apesar de toda a maluquice que sobre ele impera, porque não podemos, nós continuarmos a sorrir olimpicamente, apesar de tudo e de todos?
O menefreguista é um vivedor contumaz, cultiva o riso por profissão de fé. Sabe que a vida é curta, e só vale com alegria. Cuida, muito e bem, das amizades e do amor. O resto dá de ombros."
Luma, você sabe o quanto gostaria de reencontrar seu amigo Gustavo, para lhe agradecer por este texto, que está gravado em você. Ah, e também lhe dizer que quando a barra pesa, dá de ombros e diz para você mesma:
Menefregue, minha amiga!! Menefregue!
Quero parabenizar a Elaine Gaspareto pelo aniversário do blogue "Um pouco de mim" e pela iniciativa de agregar seus leitores, convidando-os a escrever "Uma carta para mim".
Boa semana! Beijus,
Não sei de quem é a citação acima e não sei porque obedecemos tantas regras (eu ainda preciso dos meus pais, dos meus irmãos, amigos...), mas sei que a Dª Rosa, com os seus 63 anos, possui certa sabedoria. Respeito! Viu que não retruquei, apenas me resignei. Algumas regras assim, pode, se a pessoa for intransigente, dar pano para muita conversa. Não estou dizendo que a citação está errada, mas também não está de todo correta.
Na verdade, não vou fazer tempestade em copo d'água, a citação acima é a melhor das circunstâncias e vou dizer que, não é nada! Mas quando algo me tira do sério (lógico que não contei porque a Dª Rosa fez tal citação) relembro o texto "Menefregue, minha amiga"
Na vida, pode-se dizer que tudo é cumulativo. Assim, se não vencermos uma etapa, podemos até passar para outra, mas ficaremos 'travados' nesta primeira etapa e tudo será mais custoso na próxima etapa - trabalho dobrado de duas etapas em uma. Já ouvi algumas pessoas dizendo, "Quero recompensar meu filho, lhe dar muitas alegrias, ser bom pai, porque não tive isso" ou então "Dou para o meu filho, tudo aquilo que eu não tive" - enfim, se você não teve bons pais ou não teve pais na infância, terá uma sobrecarga de cobranças em querer ser um bom pai ou mãe. Se você não tem boa aparência, tenta compensar com outras qualidades, principalmente sendo mais "amável". Personalidade e dinheiro? hum... Faltou dizer que existem pessoas sortudas e comprando personalidade!
Álias, eu tenho dúvidas se a palavra "Menefregar" é verbo e lembro da primeira vez que a li. Também lembro do meu caderno de "Recordações" e do autor do texto, que com a caneta em punho, escreveu. Eu nunca mais vi esse meu amigo. A última vez que tive notícias, me disseram que havia virado monge - Por onde andará o Gustavo? Será que se colocar o texto dele no bloguinho, ele aparece? Vamos testar:
"Menefregue, minha amiga! Menefregue e tudo se ajeita. Inclusive aquilo que não tem jeito. Amigos? Ih, às vezes dão muito trabalho. Pais? Conseguem ser, em certos momentos, tão difíceis quanto os filhos. Compromissos? Adoram nos chatear. Para tudo isto e muito mais, só há uma solução: Dar de ombros e menefregar.
É preciso não levar à sério os problemas, principalmente os graves. Mas menefregar é uma arte sutil. Para quem vê de fora, parece ambígua e contraditória. É preciso menefregar sem transparecer que se o faz.
Quando é o caso, fecha-se a cara, bate-se na mesa, chama-se às falas. Por dentro é que se menefrega. Nada importa, mas é preciso fingir que algumas coisas importam. A seriedade é uma necessidade social. O menefreguismo é uma questão de foro íntimo. Afinal, não podemos deixar a felicidade à mercê das circunstâncias. Sempre hão de nos tentar aporrinhar, tanto os que nos detestam (porque nos detestam) quanto igualmente os que nos amam (apesar de nos amarem).
Problemas sempre o teremos. O que é preciso é não nos importarmos com eles. Afinal, se o planeta consegue continuar girando apesar de toda a maluquice que sobre ele impera, porque não podemos, nós continuarmos a sorrir olimpicamente, apesar de tudo e de todos?
O menefreguista é um vivedor contumaz, cultiva o riso por profissão de fé. Sabe que a vida é curta, e só vale com alegria. Cuida, muito e bem, das amizades e do amor. O resto dá de ombros."
Luma, você sabe o quanto gostaria de reencontrar seu amigo Gustavo, para lhe agradecer por este texto, que está gravado em você. Ah, e também lhe dizer que quando a barra pesa, dá de ombros e diz para você mesma:
Menefregue, minha amiga!! Menefregue!
Quero parabenizar a Elaine Gaspareto pelo aniversário do blogue "Um pouco de mim" e pela iniciativa de agregar seus leitores, convidando-os a escrever "Uma carta para mim".
Boa semana! Beijus,
Belissima carta...conselhos inteligentes...
ResponderExcluirGostei muito
Bjs
Luma:
ResponderExcluirBoa noite!
Parbéns!
Sabe que me deu vontade de escrever para mim mesma?
Uma boa ideia.
Beijos.
Boa semana...
Anny
Luma,
ResponderExcluirMuito bom ler tua carta,gostei muito mesmo,
Grande beijo
Boas energias
Mari
Apesar de ter achado graça ao ler esse comentário da D. Rosa, também não concordei. Mas sábia foi você que não retrucou (olha, eu acho que eu iria polemizar... rsrs). Não existe rótulo para a felicidade, principalmente, com relação aos anos.
ResponderExcluirSou do pensamento que a idade é relativa para ter maturidade e sabedoria. O que explica o ser os dois últimos é o amor que tens no coração. Não o amor carnal, mas o à vida!
Mate-me uma curiosidade, que até no Google fui buscar e não encontrei: O que é menefregar? (rsrs)
Que lindo texto e acertou em cheio na postagem das palavras do seu amigo!
Bjs, querida, e parabéns pela belíssima participação na blogagem da Elaine!
Oi Luma,
ResponderExcluirPassando para ver sua carta... Fiquei curiosa com a nova palavra (nunca ouvi falar) e fui pesquisar:
é um substantismo italiano sabia?
quer dizer, descuidado...
belo texto o seu e de seu amigo...
bjão
Olá Luma
ResponderExcluirVim conferir sua cartinha e posso dizer que gostei muito, embora também fiquei em dúvida quanto a palavra de seu amigo.
Já a respeito da citação, concordo com a Nade quando diz que: ' idade é relativa para ter maturidade e sabedoria', a mente e espírito não tem idade, cabe a vc olhar um pouco além ou continuar nessa casca acomodada.
Um ótimo dia.
Toda garota precisa ter uma boa aparência. O dinheiro virá em seguida, como consequência.
ResponderExcluirMenefregue?! é isso? adorei... A Dra. rosa é uma sábia! Felicidades! bjinhos da Madrasta!
ResponderExcluirOlha, amei. Estou mesmo tendo q aprender a menefregar. Acho q o q foi dito no início sobre se não foi concluída uma etapa, ficamos empacados na outra é a mais pura verdade e só aprendendo a menefregar p/ criar o início d novas etapas.
ResponderExcluirBjs, lindos dias.
Oi Luma,
ResponderExcluirTalvez eu esteja enganada, mas duvido que "menefregar" seja um verbo da lingua portuguesa....Essa expressao italiana e' , como voce mesma disse, equivalente ao nosso "dar de ombros", o nao se importar com algo ou alguem....
"Fregatene mia amica" - se diz em bom italiano. Ou "Io me ne frego (que me importa, nao estou nem ai')
So' nao me pergunte por que cargas d' agua separam os termos quando mudam a pessoas do discurso.
Tchau e um abraço