Soixante petites secondes dans un flash de la vie
Dizia-me alguém que a música mais noturna que se podia conceber era a de Bill Evans, o pianista. Um certo timbre de clube de jazz, daqueles onde supostamente apenas se vai para beber e esfumaçar o ambiente.
Mas tenho outra lembrança, mais diurna. Recordo minha infância e as tardes com aqueles febrões e dos motivos para não ir à escola. O termômetro apontando, porém os lençóis frescos com cheiro de alfazema e o leite sobre a mesa de cabeceira. A porta entreaberta e ouvindo aquele piano, aquele piano...
Mamãe animada contava que Bill, talvez aquela hora estivesse nas sessões do N.Y. Village Vanguard com Scott (LaFaro, no contrabaixo) e Paul (Motian, o armênio, nas baquetas e nas vassouras) quem sabe também sentado ao piano. E eles tocavam juntos. Não pareciam distantes. Então para mim, Bill é portanto diurno. E febril.
E depois de tanto tempo, depois que publiquei no último Sábado que estava com febre, mamãe voou para cá e ainda quer me trazer leitinho na cama...Seremos eternas crianças para os nossos pais? Qual é o meu lugar? agora nem sei...me proibe de postá, blogá!
Tudo continua como antes, e para grande parte dos casos, ainda bem! Estou bem aqui, mas vem-me à memória muitas imagens, vez por outra - momentos que me fazem lembrar os anos que passaram. Alguns anos, a essa hora já estava curtindo com um grupo de amigos ou ainda em fase de "criação". Foram alguns anos que eu já sabia de antemão, que jamais iria esquecer. E naquela época eu sabia tão pouco...
Lembro-me de coisas pequenas, aparentemente sem significado, como idas ao clube, sair à noite para andar de bicicleta, o "Vira Copos" que era a nossa sorveteria que também era usada como bar, pular a janela para pegar enxurrada em dias de chuva... Fui sugada para um mundo que se passou em menos dum segundo. Já passou... Pessoas que conheci e lugares que visitei. Algumas pessoas não existem mais e os lugares envelheceram.
Ficarão para sempre no meu coração, na minha memória, como novos e numa sobrevida, queria vivê-los outra vez? Em parte é bom, esse sentimento de nostalgia, recordar, mas está "incompleto" - falta o estar lá. Ah, se fosse a VIDA um filme, que pudéssemos rebobinar quando desejássemos. Quereria eu fazê-lo? Não sei. Faria? Possivelmente não. Está lacrado e são possibilidades...Um momento é um momento, não pode ser dividido em mais, fracionado e ser vivido mais que uma vez.
Agora sabem porque não deixo escapar um segundo!
Soixante petites secondes
Tic tac tic tac tic tac
Mas tenho outra lembrança, mais diurna. Recordo minha infância e as tardes com aqueles febrões e dos motivos para não ir à escola. O termômetro apontando, porém os lençóis frescos com cheiro de alfazema e o leite sobre a mesa de cabeceira. A porta entreaberta e ouvindo aquele piano, aquele piano...
Mamãe animada contava que Bill, talvez aquela hora estivesse nas sessões do N.Y. Village Vanguard com Scott (LaFaro, no contrabaixo) e Paul (Motian, o armênio, nas baquetas e nas vassouras) quem sabe também sentado ao piano. E eles tocavam juntos. Não pareciam distantes. Então para mim, Bill é portanto diurno. E febril.
E depois de tanto tempo, depois que publiquei no último Sábado que estava com febre, mamãe voou para cá e ainda quer me trazer leitinho na cama...Seremos eternas crianças para os nossos pais? Qual é o meu lugar? agora nem sei...me proibe de postá, blogá!
Tudo continua como antes, e para grande parte dos casos, ainda bem! Estou bem aqui, mas vem-me à memória muitas imagens, vez por outra - momentos que me fazem lembrar os anos que passaram. Alguns anos, a essa hora já estava curtindo com um grupo de amigos ou ainda em fase de "criação". Foram alguns anos que eu já sabia de antemão, que jamais iria esquecer. E naquela época eu sabia tão pouco...
Lembro-me de coisas pequenas, aparentemente sem significado, como idas ao clube, sair à noite para andar de bicicleta, o "Vira Copos" que era a nossa sorveteria que também era usada como bar, pular a janela para pegar enxurrada em dias de chuva... Fui sugada para um mundo que se passou em menos dum segundo. Já passou... Pessoas que conheci e lugares que visitei. Algumas pessoas não existem mais e os lugares envelheceram.
Ficarão para sempre no meu coração, na minha memória, como novos e numa sobrevida, queria vivê-los outra vez? Em parte é bom, esse sentimento de nostalgia, recordar, mas está "incompleto" - falta o estar lá. Ah, se fosse a VIDA um filme, que pudéssemos rebobinar quando desejássemos. Quereria eu fazê-lo? Não sei. Faria? Possivelmente não. Está lacrado e são possibilidades...Um momento é um momento, não pode ser dividido em mais, fracionado e ser vivido mais que uma vez.
Agora sabem porque não deixo escapar um segundo!
Soixante petites secondes
Tic tac tic tac tic tac
Pois, luma! são assim mesmo as coisas, não voltam, são uma boa recordação, ah, como tenho lembranças de dias nublados em minha terrinha! ah, como sinto isso no meu coração, ah, como a música, a vida e a arte estão cada vez mais próximos e embelezados quando estão na nossa memória!
ResponderExcluirEssa nostalgia que alguns dos nossos sentidos nos trazem são inusitadas... principalmente pelo fato de as lembranças serem ativadas em situações que para outros não dizem nada...
ResponderExcluirEspero que esteja melhor!
Bjos e té mais!
Recordar é viver!
ResponderExcluirRetribuindo a visita, seu header me pareceu familiar, não sei porque,hehehe.
Malcomtux, a foto é de minha autoria e a Jurema não deixa ninguém copiar. Eu acho! (rs*) Beijus
ResponderExcluirTe meti em encrenca... uauau va lá ver: http://portalfenix.blogspot.com/2008/03/memes.html
ResponderExcluirXero
Importante é a gente guardar as lembranças boas na memória. Conte comigo pro post de dia 8.
ResponderExcluirBig Beijos
Agora sim.Luma eu acho que não encontrei os coments e olha que vc tem mais de um...euzinha sou atrapalhada mesmo,rs.
ResponderExcluirAmei ler sobre Ma. Augusta no post abaixo,amo mais ainda ser feminina, ser feminista e acima de tudo ser mulher .Já esse post enquanto estava lendo-o realmente me pareceu de esta assistindo a um filme.
Bjs e uma ótima continuação de semana.
As boas memórias ficam para sempre, são parte de nossas vidas e acontece cada uma apenas uma vez(risos)
ResponderExcluirQuando fico doente é a mesma coisa, não gostam que eu venha para a Net, porque será?
Eles afirmam, sentir pessoas e coisas no real... eu dou sempre uma escapadinha para ver os amigos(risos)
Beijinhos
Ainda bem que a tua mãe está aí contigo;0...eu acho que tens razão..nós sempre vemos nossos filhos bebés...não sei pq....agora fica boa,sem febre,quieta e obedece à tua mamy!!!
ResponderExcluirbjj:)
OI Luma
ResponderExcluirmenina o site so deu uma saidinha do ar por alguas horas depois voltou!
Bjbjbjbj
Leandra
O minutos que se passam...não voltam mais!! Eu, uma vez , olhando minha filha brincar...em seu mundo imaginário..senti uma pontinha de inveja...quis voltar a ser criança..que gostoso..voltei a realidade..e pensei..que gostoso ver minha filha brincando..é isso ai..temo que viver intensamente como se cada minuto que passa fosse o último de nossas vidas. Parabéns pelo post.
ResponderExcluir"recordar é viver" sim.
ResponderExcluirE mãe é mãe, não é?
Nostalgia também alimenta e pode sacudir, nos remetendo a tantos sabores coloriiidos...rs
Essa postagem foi tão inspirativa. Vou ali dar uma rebominada.
Beijos e melhoras!
Não faça isso não, já estou a quase 1 ano e meio sem abraçar minha mãe, vou chorar.
ResponderExcluirÉ isso que faz a gente crescer forte.
Beijocas
olá borboleta Luma.
ResponderExcluir(q saudade eu tenho de minha mamae..)
bjs
a
olá borboleta Luma.
ResponderExcluir(q saudade eu tenho de minha mamae..)
bjs
a
Luma, que delícia as suas lembranças da infância... e que delícia sua mãe ir cuidar assim de vc. A minha, se ainda estivesse viva, tenho certeza que tb cuidaria de mim sempre que possível. :-))) Acho que é verdade que filhos nunca crescem para as suas mães... Bjos!!!
ResponderExcluirLuma:
ResponderExcluirLindo texto!
Realmente esses momentos
são eternos...
"Quem tem saudade
não está sozinho.
Tem o carinho
da recordação..."
Tentei colocar a caixinha de MSN
que você me indicou por email.
(Sei que faz tempo)
Fiz o cadastro mas não consegui colocar no blog...
Sou incrível, não?
(Risos...)
Seu blog é show!
Beijos.
é, as vezes é bom dar uma sussegada no faxo mesmo!
ResponderExcluirSaudozissíssimo post!
abraços.
Muito boa a sua lembrança. As boas lembranças nos ajudam a viver...
ResponderExcluirMaravilhoso texto com uma bela imagem, um excelente conjunto num belo Blog que dá prazer navegar, parabéns está magnifico. Bjs grandes amiga e obrigado pelas tuas palavras.
ResponderExcluirNuno
É...recordar momentos felizes é muito bom, dá uma dorzinha no coração saber que não voltam mais e, se voltassem, jamais seriam iguais. Tudo tem seu momento. Por isso, como você bem disse, aproveitar cada momento é essencial, viver o aqui e agora com intensidade.
ResponderExcluirBeijos,
Rosana
Somos nós passando pelo o tempo, que passa em nossa vida...
ResponderExcluirMinha mamma dizia que a gente ficava doente apenas para receber mais carinho - sopinha quentinha, suco a toda hora, coberta cheirando a lavanda e a saudade. Hoje quando fico doente (raramente) me vejo fazendo aquele chá que eu fazia charme para tomar quando pequena e acabo sorrindo feito boba. Coisas que a memória perpetua, talvez sem querer, vai saber. Beijos meus
ResponderExcluirLuma, Eu sou uma eterna criança! Pena que quando fico doente não tenho mais a presença da minha mãe...
ResponderExcluirBeijos!
Luma concordo plenamente:
ResponderExcluir"Os problemas de nossos filhos são os nossos erros.
Só podem ter filhos bem educados, pais bem educados.
Saber educar um filho é uma arte que nem todos possuem."
Bjs
www.meiroca.com
Segundo o psiquiatra Augusto Cury, em seu livro: PAIS BRILHANTES, PROFESSORES FASCINANTES, "O registro na memória é involuntário. Cada idéia, reação ansiosa, momento de solidão, período de insegurança são registrados em nossa memória e farão parte da colcha de retalhos da história existencial, do filme da nossa vida. A qualidade das informações e experiências registradas poderá transformar a memória num solo fértil OU num deserto árido."
ResponderExcluirAcho que é isso! Nossa infância tem muito haver do que somos hoje.
Gostei muito do seu post Luma, me fez lembrar algumas coisas esquecidas, porém, guardadas na memória, e profundamente sentidas no coração. =)
Abraço.
.::.Susy.::.