O enigma da maldade

Influência demoníaca, destino genético, má formação social, ausência de caráter, prazer, instinto adquirido, revolta ou livre arbítrio. Como definir a origem do mal?

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Não bata. Eduque!

Alimentando o ciclo da violência

O uso do castigo físico infligido a uma pessoa faz parte de um “ciclo” de violência. Entretanto, muitos pais ainda não enxergam dessa forma, pois esta metodologia educativa está fortemente legitimada em nossa sociedade. Os pais que utilizam o tapa, a palmada ou a chinelada para educar o fazem acreditando que estão fazendo o melhor para seus filhos, mas não percebem que, na verdade, estão infringindo o direito que as crianças possuem (assim como qualquer outro ser humano) ao respeito pela sua integridade física e dignidade humana.

Se a violência física contra um adulto não é aceitável socialmente, sendo passível inclusive de sanções legais, porque contra a violência criança deve ser aceita? Os pais não vêem que, ao utilizarem o castigo físico, estão abusando da diferença de poder que existe numa relação entre um adulto e uma criança.

Hoje é comemorado o Dia Mundial Contra a Agressão Infantil, um dia destinado à reflexão para todos aqueles que se interessam pelo bem estar dos pequenos, sejam pais, não pais, educadores, parentes, profissionais da saúde, entidades sociais, enfim, toda a sociedade.

Adiante, no dia 12, é o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil e por isso, o Congresso Nacional lançou nesta quarta, dia 03, a campanha “Com Educação nossas crianças aprendem a escrever um novo presente, sem trabalho infantil” em apoio ao Fórum Nacional de Proteção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI). A iniciativa conta com o apoio da Agência de Notícia dos Direitos da Infância (ANDI), Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da Criança, Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, Organização Internacional do Trabalho (OIT), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Plenarinho, da Câmara dos Deputados.

Tudo muito bonito, vamos ver na prática!

• A Revista Época traz uma reportagem entitulada "ONG ensina Famílias pobres a educarem seus filhos". Vale a leitura!
• Conheça o Projeto Generosidade! E também a campanha "Não bata. Eduque"!
• Leia a excelente postagem do Marcos Donizetti (Doni) - Tapinha de amor, no seu filho, dói sim

Abraçar uma criança é a coisa mais gostosa do mundo! É uma troca deliciosa! Só recebe carinho quem dá carinho!

Polêmica, manifesto della donna

imagem La repubblica Milano


Desde o último dia 13, manifestos se espalham por Milão, cidade em que será ponto de partida para a Campanha da Associação Italiana contra a Violência à Mulher - Telefono Donna.

A peça publicitária comemorativa com lançamento no próximo dia 25 de Novembro, apresenta uma mulher seminua que lembra a imagem de Cristo crucificado. A direita religiosa tem pedido a censura da foto, alegando que ofende a tradição cristã.

Junto à imagem, segue a frase:

"Quem paga pelos pecados do homem?"

Telefono Donna, é uma associação fundada há 16 anos por Stefania Bartoccetti, amiga pessoal e apoiante de Letizia Moratti, eleita na última campanha como prefeita de Milão; o pedido para utilizar os espaços em outdoors municipais, é do final de outubro. Então.

Mesmo com espaço consentido, os escritórios municipais há dois dias, têm presenciado manifestos, para que não sejam colocadas as publicidades. O Município, em primeiro caso, não poderia fazer nada, porque os espaços publicitários são de empresas privadas.

No entanto, um vereador, Maurizio Cadeo, já se manifestou "Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para impedir esta campanha, cuja mensagem mostra o símbolo da Cristandade e afeta os sentimentos religiosos dos cidadãos"

Carlo Fidanza - Diz que além dos símbolos religiosos, as pessoas precisam ter mais respeito com o patrimônio cultural, bom senso e moral pública.

A censura é algo medieval. E usar a fé alheia, também não é? A paz começa pelo respeito ao próximo. Se a campanha quer atingir o alvo, que é a violência, como pode violentar ideologias alheias?

Álias falta criatividade à publicitários não somente os da Itália. Vemos aqui no Brasil muita cópia de cópia, evolução/aprimoramento da publicidade?

Esta campanha na Itália perde em originalidade, pois copia descaradamente Sukran Moral (também italiano) que expôs a fotografia ao lado em 1994, representando uma adúltera.

O artista dizia à época: "Chi è senza peccato scagli la prima pietra! Disse Gesù ai Talebani di allora" parafraseando Jesus Cristo, em João 8:7 "Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra".

Stefania Bartoccetti deveria repensar a imagem de adúltera crucificada a que remete a imagem, pois acaba por ser conivente com o machismo italiano.

A pergunta é: o que vocês acham desta campanha estampar em outdoors brasileiros?

Beijus,