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O que querem os terroristas?

Ano passado o governo norte-americano admitiu que o seqüestro do alemão de origem libanesa Khaled El-Masri ocorreu de "forma equivocada" pela CIA. A rede de televisão Americana ABC informou que a agência norte-americana fechou duas prisões secretas na Romênia e na Polônia, 11 presos foram transferidos para estabelecimentos no norte da África dias antes do início da viagem de Condolezza Rice à Alemanha. Segundo fontes da própria CIA, citadas pela emissora, sobre o assunto, CondolezzA Rice comentou que "a luta contra o terrorismo é passível de falhas".

O Alemão ficou cinco meses em uma prisão no Afeganistão. A secretária de Estado afirmou que "os Estados Unidos agem de acordo com a lei e que não praticam tortura. O compromisso do governo em Washington de proteger seus cidadãos diante das novas guerras e do terrorismo. Não discutiremos informações que possam comprometer o sucesso de operações militares e de inteligência".

A CIA se nega a comentar o assunto, o governo polonês afirma não ser verídica a informação. A Romênia deverá iniciar investigação. O país espera ingressar na União Européia em 2007, e Bruxelas já ameaçou que as negociações de ingresso no bloco correm risco de não acontecer, caso seja comprovada a veracidade das acusações.

Stephan Bachenheimer (repórter) narra aqui o que vivenciou na temida prisão da base naval norte-americana em Cuba.

"Os militares norte-americanos aprovaram nosso pedido de visita e concederam licença para filmar durante três dias, com regras muito claras: podemos filmar, mas os militares reservam-se o direito de conferir todo o material gravado e censurar por motivos de segurança. Quando aterrissei em Cuba, uma escolta militar já estava à minha espera. Desde aquele momento, da manhã à noite, eu estaria sob custódia dos soldados do departamento de Relações Públicas. Ficaria sob observação permanente até o momento em que embarcar de volta à Alemanha.

Meu alojamento foi uma generosa "casa de hóspedes" numa rua que mais parece um bairro residencial em alguma cidade dos Estados Unidos – aliás, não considerando a prisão de Guantánamo, a base naval mais parece uma pequena cidade norte-americana. No rádio, é quase impossível captar uma emissora cubana. Em compensação, tenho acesso a 42 emissoras norte-americanas na tevê a cabo.


A entrada para Camp Delta Antes da visita ao campo de prisioneiros, me são apresentados vários dados e fatos. Entre as curiosidades que me contam de Guantánamo, consta que 16% dos detentos são de grande importância para os serviços secretos e estão em celas de segurança máxima numa prisão especial. Seis a oito por cento dos prisioneiros estão em tratamento por causa de problemas psicológicos. Alguns tentam fabricar armas. Já foi encontrada uma corda feita com restos de embalagens de comida.


Entre as histórias de Guantánamo está a dos chineses, presos sob suspeita de terrorismo. Como eles não representam perigo para os Estados Unidos, os norte-americanos agora não sabem como se livrar deles, já que fazem parte de uma minoria separatista perseguida por Pequim. O governo chinês faria picadinho deles, revela minha escolta.


Minha conversa com os carcereiros acontece no Club Survivor, que fica ao lado do campo de prisioneiros. O café é da rede Starbuck. Os guardas me contam que costumam ser alvo de excrementos ou urina – que chamam de "coquetel" – jogados pelos presos. A respeito de torturas ou maus-tratos de prisioneiros, ninguém sabe de nada. Aliás, é proibido falar com os detentos e mesmo a comunicação com os carcereiros acontece sob a vigilância constante de alguém da segurança. Observo que, ao responder minhas perguntas, o olhar do guarda migra constantemente para a vigilância da censura, como se buscasse aprovação para suas afirmações.


Ele é constituído de cinco cárceres, três dos quais pude visitar. Há um prédio de concreto e ferro para os detentos considerados mais valiosos pelo serviço secreto; duas prisões abertas, para presos considerados cooperativos, e dois cárceres onde as regras são mais rígidas, onde estão os que dão mais trabalho para os carcereiros.


Tenho contato visual com os presos que caminham num pátio por trás de cercas. Alguns se escondem da câmera, outros ficam me observando, mas ninguém gesticula ou me diz alguma coisa.
As áreas dos cárceres que me são mostradas se parecem com as prisões nos Estados Unidos. Tenho acesso inclusive às cozinhas e aos depósitos de provisões, para me convencer do alto nível de abastecimento de Guantánamo.


Por que a imprensa tenta manipular a imagem de Guantánamo? Por que sempre são mostradas na tevê as imagens de prisioneiros de Camp X-Ray, onde as condições eram catastróficas? Foi o primeiro campo que foi fechado e agora as plantas tomaram conta dele
Um soldado conta que várias vezes teve de prometer à filha ao telefone que não há torturas em Guantánamo. Mesmo assim, a menina sente-se perseguida na escola, porque seu pai trabalha em Guantánamo.


Na minha segunda visita a Camp Delta, assisto ao julgamento de um talibã. Um funcionário do Pentágono me conta que a principal acusação é que o réu foi ministro do Comércio do antigo regime afegão e que teria participado do assassinato de um equatoriano, funcionário da Cruz Vermelha. Posso sentar-me a uma mesa na sala do julgamento e tenho de assinar um papel me comprometendo a não cruzar as pernas, o que no mundo islâmico é considerado uma afronta.


Além do réu e seu intérprete, estão na sala três oficiais que dirigem o julgamento e três militares, responsáveis pelas formalidades. "O senhor pode depor sob juramento, se quiser. Já preparamos um juramento islâmico. Repita comigo: em nome de Alá..." O pseudojulgamento decidirá se o réu permanece preso ou não. Não há nenhum advogado. A maioria das acusações permanece secreta. E os critérios dos oficiais no procedimento também são uma incógnita.
"Por que então o senhor está aqui?"


O prisioneiro barbudo, vestindo uma longa túnica branca e bege, fala com educada discrição: "Já sou velho e fraco, estou aqui há três anos, isto já é o bastante pelo fato de eu ter sido ministro do Comércio dos talibãs".


"No ano de 2003, mulá Omar [líder talibã] e Osama Bin Laden resolveram unir forças", recebe como resposta.


O réu defende-se: "Não tenho nada a ver com isso, sir. Eu já estava preso. Vocês me deram esta informação".


"Mas por que o senhor está aqui?", pergunta um oficial.


"Os americanos jogaram uma pedra às cegas e me acertaram", conta o acusado, com um sorriso discreto para o oficial já meio sem jeito".

Muito se critica as táticas antiterror dos EUA e o fim da prisão norte-americana de Guantánamo, em cuba é proposta elogiada em toda a Europa. A base de Guantánamo é controlada pelos EUA desde 1903, estão presos cerca de 500 suspeitos de envolvimento com a rede terrorista Al-Qaeda. Eles foram levados para lá depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.

Os governos da Alemanha e da Turquia estão tentando libertar o turco Murat Kurnaz, nascido em Bremen e que se encontra detido em Guantánamo desde o início de 2002. Ele é acusado pelos EUA de haver apoiado a Al-Qaeda e o regime do Talibã no Afeganistão.
A Anistia Internacional já fez protestos contra prisão dos EUA em Cuba. A prisão de Guantánamo desacredita a democracia e é imprópria para o combate ao terrorismo. Valendo o princípio de que a dignidade humana é inviolável. O sistema Guantánamo era e é falso e contraria os acordos e padrões do direito internacional. A prisão precisa ser fechada
Com relação à questão do Irã: neste aspecto, quer-se evitar de todas as maneiras que o Irã disponha de armas atômicas. Também há um interesse internacional que a situação no Iraque se estabilize e a democracia consiga se firmar no país. E, no final das contas, também existe o interesse em fomentar a democracia em outras partes do mundo.

Não pensem por isso que os EUA são os "maus" da História. Ele é sempre chamado para apoio político básico, apenas como um trabalho de parceria para solução de conflitos. Ele é chamado pra resolver os problemas dos balcãs, ainda o que os governos pensam sobre a Rússia e a Ucrânia, como vêem o Oriente Médio, como avaliam o problema do Irã e as escandalosas declarações do governo iraniano sobre Israel, mas também os esforços de Teerã para justificar seu armamento nuclear, e de que maneira os dois países podem combater efetivamente este objetivo do Irã.

No dia 12 de janeiro, houve o encontro com mais de 200 lideranças das áreas política, empresarial e científica, na embaixada alemã em Washington. Entre as lideranças que participaram do jantar na residência do embaixador alemão, Wolfgang Ischinger, estavam os ex-secretários de Estado norte-americanos Madeleine Albright e Colin Powell, além de Alan Greenspan, que está deixando o cargo de secretário do Tesouro.

Sobre o futuro da Organização das Nações Unidas, deve-se tornar as organizações internacionais um palco de decisões conjuntas. Como deve ser um Direito Internacional que corresponda aos desafios do século 21? O fortalecimento da Organização das Nações Unidas (Otan) foi defendido; a organização só se tornará agente eficiente no combate ao terrorismo internacional se voltar a se tornar uma instituição onde as nações ocidentais promovam suas discussões políticas e estratégicas.

Trata-se da guerra conjunta de Estados de Direito contra o terror, da parceria com a (na melhor das hipóteses) semidemocrática Rússia ou dos problemas nucleares com o Irã – em todos esses temas, a perspectiva de sucesso para a Europa é muito maior com os Estados Unidos do que sem ou mesmo contra eles.

Querem entender o terrorismo? Leia mais aqui. Querem saber porque eles querem matar o amor e alegria?"

"Se lembra quando era só brincadeira,
fingir de ser soldado a tarde inteira...
E a gente não queria lutar...
e a gente não queria lutar..."(Legião Urbana)
...
Fiquei um pouco distante da net por esses dias, mas ainda é tempo de parabenizar alguns amigos blogueiros frequentadores do luz, que ganharam o 3º Prêmio Spoiler de Cinema e Blog, são eles:
Melhor Post 'A Cara do Brasil' (07/09/05) - "Tricotando" de Jacque;
Melhor Pauta Adaptada "Ramsés SécXXI" Domingos Tucci;
Melhor Edição de Imagem & Som e Melhor conceito Filosófico "Dias de Chuva" Igor Bandeira;
Melhor Edição de Links & Programação "Verdes Verdades" Vera Fróes;
Melhor Ação Social "Your Soul" Cláudia;
Melhor Jornalismo "Pensamentos de uma Batata Trangênica" Naomi;
Melhor Conceito Artístico "Milton Toshiba Blog" Milton Toshiba;
E também, O Certificado Humanitário à Rodrigo, em reconhecimento à sua enorme contribuição em inovar o espírito e a personificação do cinema em seu blogue "Pernambaiano" durante o ano de 2005.
E que no ano de 2006, vocês continuem a nos brindar com excelentes textos!

...em quietude, sem solidão

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