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Que tempo é o nosso?

Há quem diga que é um tempo a que falta amor.


Fotografia de Graça Loureiro

Convenhamos que é, pelo menos, um tempo em que tudo o que era nobre foi degradado, convertido em mercadoria. A obsessão do lucro foi transformando o homem num objeto com preço marcado. Estrangeiro a si próprio, surdo ao apelo do sangue, asfixiando a alma por todos os meios ao seu alcance, o que vem à tona é o mais abominável dos simulacros.

Toda a arte moderna nos dá conta dessa catástrofe: o desencontro do homem com o homem. A sua grandeza reside nessa denúncia; a sua dignidade, em não pactuar com a mentira; a sua coragem, em arrancar máscaras e máscaras.


Fotografia de DDiArte

E poderia ser de outro modo? Num tempo em que todo o pensamento dogmático é mais do que suspeito, em que todas as morais se esbarrondam por alheias à «sabedoria» do corpo, em que o privilégio de uns poucos é utilizado implacavelmente para transformar o indivíduo em «cadáver adiado que procria», como poderia a arte deixar de refletir uma tal situação, se cada palavra, cada ritmo, cada cor, onde espírito e sangue ardem no mesmo fogo, estão arraigados no próprio cerne da vida?

Desamparado até à medula, afogado nas águas difíceis da sua contradição, morrendo à míngua de autenticidade - eis o homem! Eis a triste, mutilada face humana, mais nostálgica de qualquer doutrina teológica que preocupada com uma problemática moral, que não sabe como fundar e instituir, pois nenhuma fará autoridade se não tiver em conta a totalidade do ser; nenhuma, em que espírito e vida sejam concebidos como irreconciliáveis; nenhuma, enquanto reduzir o homem a um fragmento do homem.

Nós aprendemos com Pascal que o erro vem da exclusão. Eugénio de Andrade, in 'Os Afluentes do Silêncio'

No final sabemos que aprendemos, trabalhamos, enriquecemos... para compartilhar. De que adianta aprender e não expor o que se aprendeu? Trabalhar e não ter com quem dividir nosso descanso? E o que diremos e onde colocaremos o nosso enriquecimento?

A questão é que o homem não sabe administrar sua própria vida: A cada sete anos uma pessoa perde e substitui cerca da metade de seus amigos [LiveScience - tradução]

Perder e substituir - Parece prático substituir o antigo pelo novo, mas sou 'apegada' e mamãe sempre diz com uma certa nostalgia: "As coisas antigas tinham melhor qualidade"

É isso!
Eu vou ali, posso demorar um pouquinho, mas volto!
Beijus,

...em quietude, sem solidão

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Algumas coisas não têm preço

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