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Carrasco x Vítima



Mais uma vez o publicitário Oliviero Toscani cria uma campanha polêmica. Para quem ainda não associou o nome a pessoa, ele é o responsável pelas campanhas da Benetton.

Inconformado com a falta de espontaneidade das campanhas, propõe uma ruptura do convencional que funcione como um estímulo crítico social, defendendo causas universais de valor moral; aids, guerra, racismo, ecossistema, sexo, religião, entre outras.

Os efeitos simbólicos de choque de suas campanhas abalam tabus e usando da objetividade anti-sentimental rompe com a publicidade convencional. Apesar do indício pecaminoso, a intenção é provocar a sensibilidade existencial e coletiva em causa pública.

Nesta última campanha, encomendada pela revista semanal "Donna Moderna", a intenção é mostrar para a sociedade italiana que a violência contra as mulheres começa dentro de casa, na tenra infância.

Nas imagens, conforme o vídeo mostra, aparece um menino e uma menina nus e designados respectivamente, "carrasco" e "vítima", dando a entender que a inclinação para cometer violência contra a mulher começa desde cedo, na infância, por influência do meio em que ela vive, da educação dos pais, dos valores transmitidos, da distinção entre o certo e errado. Resumindo: o menino pode se transformar em carrasco, se praticar violência contra a mulher e a menina, sua vítima.

Palavras de Toscani: "As mães têm que ter consciência de que cabe, principalmente a elas, educar seus filhos e fazê-los crescer respeitando o outro sexo e o resto do mundo"

Achei correto o enfoque da campanha ao colocar o homem (menino) como o propagador da violência doméstica, porém as palavras de Toscani, credita a culpa principalmente às mulheres, por elas mesmas serem agredidas. Esse pensamento é arcaico e convencional. O mesmo que dizer; as mulheres provocam a agressão.

Melhor seria se ele arguisse: Os pais têm que ter consciência que cabe à eles, em conjunto, educar seus filhos e fazê-los crescer respeitando o outro sexo e o resto do mundo. A agressão nem sempre começa com a agressão física, existem agressões verbais tão agressivas que causam danos tanto quanto às físicas.

No Brasil essa propaganda não poderá ser veiculada por ferir nosso Código Penal e o Estatuto da criança e do adolescente (ECA).

Os problemas de nossos filhos são os nossos erros.
Só podem ter filhos bem educados, pais bem educados.
Saber educar um filho é uma arte que nem todos possuem.

Não sei se já comentei, que empresto duas horas diárias de trabalho voluntário para uma creche e recebi a proposta do Blog do Desabafo de Mãe para propagar "causos" verídicos referentes aos filhos e educação; exemplos do que pode ser feito em casa como complemento da educação escolar.

Seu filho lhe pede ajuda nas tarefas escolares ou você se prontifica antes do pedido? Você segue a filosofia adotada pelo estabelecimento de ensino? O que fazer se os professores ainda usam métodos ultrapassados? Afinal, você consegue satisfazer todas as curiosidades do seu filho? Acha que o ambiente que ele vive proporciona conhecimento suficiente para a sua faixa etária?

A cabeça dos pais roda muito, quando o assunto é prevenir os filhos de uma situação que no futuro possa ser prejudicial à eles. Existem crianças interessadas em aprender e aquelas que precisam ser estimuladas.

A faixa etária que estou monitorando, está por volta dos dois anos, idade em que é necessário ensinar a criança a escutar e prestar atenção, ítens fundamentais no aprendizado de qualquer outra faixa etária. Muitas crianças apresentam essa dificuldade, principalmente aquelas que tiveram dificuldades na gestação, no parto, doenças graves no primeiro ano de vida ou atraso no desenvolvimento motor e mental.



Não há crianças novas no pedaço! Estou familiarizada com elas a um bom tempo, o que significa, a vida toda delas.

A Larika, foi minha "aluninha" assim que entrei para a creche e ela se tornou uma das minhas afilhadas. Mas agora ela é uma mocinha, que sabe ler, escrever e tem até um bloguinhú. Não admite pitacos! E ajuda muito lá na creche. Estamos nos preparando para a páscoa.

Meu trabalho agora é atender as crianças em suas necessidades psicosociais, criando condições que se adequam ao seu desenvolvimento global, estimulando a criatividade, autonomia e o sentido de cooperação.

São várias atividades e noto que elas adoram ouvir e contar histórias, algumas que aparentemente não têm nexo ou repetem muito as histórias para os amiguinhos, principalmente as novidades que trouxeram de casa. Sempre rola muito "conversé". Adotei um gravador que utilizo para deixar os pais interados dos pensamentos de seus filhos.

Numa dessas conversas, tivemos a idéia de criar um livro, que será editado todo final de ano, contendo as várias narrativas. Lógico que algumas são repassadas junto com as crianças e elas ao se lembrarem, acham graça daquilo que disseram.

Fazemos tudo para manter a edição original, algumas são corrigidas por elas mesmas, conforme amadurecem. Vejam essa:

"Era uma vez um dragão que foi atropelado mas não morreu. Quem morreu foi o homem que dirigia o carro. Power Rangers chegou e fez uma magia. Voltou o relógio do tempo, antes que o dragão fosse atropelado. Colocou uma placa na frente do homem. Na placa tava escrito: Cuidado! Dragão no meio do caminho"

Elas se sentem importantes por estarem editando um livro e entendendo mais ou menos o processo (rs*). Alguns já se dizem "faladores" e o melhor de tudo, a recompensa que sinto por estar estreitando com essas crianças laços de confiança, afetividade e ternura.

Dever cumprido, passo a tarefa para os pais que frequentam o "Luz de Luma". Vamos trocar experiências? Quem postar, avisa!

*Não se esqueçam, dia 08 é dia de Blogagem Coletiva! Leiam a Chamada que fiz no "Amigos da Blogosfera". Participem!!

*Não reclamem do tamanho da postagem! Ontem não postei e hoje estou cuidando da minha blogodependência.

Beijus,
Luma

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